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A celebração da vida



O evangelho de Lucas, no capítulo 15.1-32, apresenta-nos Jesus contando quatro parábolas, que ficaram conhecidas como as parábolas dos perdidos. Uma ovelha perdida, uma moeda perdida e um filho perdido, mas é somente um?

Jesus estava falando para os publicanos, uma classe completamente repudiada pelos judeus e também para pecadores. Notemos que ser publicano era pior que ser pecador. Os escribas e fariseus censuravam Jesus justamente por estar conversando com os publicanos e pecadores e, por isso, ele contou essas parábolas que serviam de espelhos, para que as pessoas pudessem se identificar com algum dos personagens e saber quem eram dentro das mesmas. Olhemos para essas histórias e vejamos com quem nos identificamos nessas parábolas.

Essas parábolas apresentam o sentido de pertença. A moeda pertence a uma mulher. A ovelha a um homem. O pródigo tem um pai amoroso. O mais velho também é filho deste pai de amor. Implicitamente, podemos dizer que de uma certa maneira, que todos nós somos de Deus, pois somos suas criaturas. Entretanto, os filhos de Deus, segundo as Escrituras, são aqueles que receberam Jesus como seu Senhor e Salvador.

Algo que devemos apreciar é o fato de que todas elas terminam com festa. Portanto, Jesus está dizendo-nos que há grande júbilo quando somos encontrados por Ele. Contudo, que essas parábolas nos ensinam?

A primeira parábola, a da ovelha perdida, nos ensina que há pessoas que têm consciência de que estão perdidas e por isso, clamam por ajuda. A ovelha faz parte de um rebanho e está junto ao seu pastor e na comunhão das outras ovelhas. Portanto, tudo aparenta estar no seu devido lugar, no entanto, como é que a ovelha se perdeu? Não foi de um momento para o outro, foi um processo lento, onde ela saiu alimentando-se e buscando lentamente mais alimento, e sem perceber, afastou-se do rebanho, do seu pastor e, quando cai em si, encontra-se perdida. Ante tal situação, o que ela faz diante desta realidade?

A ovelha é um animal medroso e por isso, berra desesperadamente, pois tem consciência que está perdida, correndo perigo e que carece de ajuda. Ela sabe que há alguém que pode ajudá-la e berra para ser encontrada pelo seu pastor. Portanto, há pessoas que são como as ovelhas e sabem que estão perdidas e clamam por ajuda.

A segunda parábola, que é a da dracma perdida, mostra que há pessoas que não têm consciência que estão perdidas. Jesus afirma que há pessoas que são como uma moeda e vivem as suas vidas sem se importar com as questões espirituais. Elas não se importam com Deus e olham somente para si mesmas, sem pensar na realidade espiritual. Elas não sabem que estão perdidas e muito menos reconhecem que têm dono e vivem as suas vidas sem querer prestar contas a ninguém.

A terceira parábola é a do pai amoroso e mostra-nos que há pessoas que optam por virar às costas ao amor do Pai. O filho mais novo decidiu viver longe do pai. Ele foi viver a sua vida desfrutando de tudo o que a vida tinha para oferecer e quis ficar o mais distante possível da sua família. Há pessoas que, por decepção ou não, num determinado momento de suas vidas, abdicam de sua relação com Deus. Viram às costas a Deus e desejaram viver a seu bel-prazer. Entretanto, virar às costas ao amor do pai é caminhar para a tristeza e dor. É caminhar para perdição. O Senhor mostra que há pessoas que o conheceram, mas que em determinado momento de suas vidas desistiram de se relacionar com Ele e, como resultado disso, tem vidas secas e tristes.

O Senhor mostra ainda na parábola do pai amoroso que há pessoas que preferem viver como escravos e não como filhos. O pai tinha dois filhos e um foi viver o mais distante possível e o outro ficou em casa, mas não se considerava filho. Jesus mostra que há pessoas que apesar de serem religiosas, de cumprirem todos os rituais, vivem distantes Pai. São pessoas que vivem do ritualismo, mas que no fundo não desfrutam do prazer de estar na companhia do Pai. Jesus afirma que há filhos que se consideram escravos e não desfrutam das bênçãos que existem na casa do Pai e muito menos aproveitam do que ali há, por acharem que não são filhos.

Essas histórias terminam com celebração e alegria. Jesus apresenta-nos um Deus desejoso de nos encontrar e salvar. Um Deus que celebra a vida e a nossa salvação. Ele diz que, independente de quem sejamos, o Pai quer celebrar a vida conosco.


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