top of page
Buscar

A escolha


Este ano, em muitos países se realizam eleições. É quando as pessoas devem comparecer ao seu local de voto para que possam escolher aqueles que irão representá-las. É verdade que há países onde o voto não é obrigatório e, por causa disso, temos um grande número de abstenções, ou seja, há sempre aqueles que aceitam qualquer coisa. No entanto, é fundamental que ninguém se abstenha, pois é preciso fazer uma escolha e fazê-la conscientemente. Há um momento na Escritura em que as pessoas se deixaram levar pela turba e optaram por libertar um bandido. O evangelho de Mateus narra esse episódio assim:


“Agora Jesus estava diante de Pilatos, o governador romano, que lhe perguntou: “Você é o rei dos judeus?. Jesus respondeu: “É como você diz”. No entanto, quando os principais sacerdotes e os líderes do povo fizeram acusações contra ele, Jesus permaneceu calado. Então Pilatos perguntou: “Você não ouve essas acusações que fazem contra você?. Mas, para surpresa do governador, Jesus nada disse. A cada ano, durante a festa da Páscoa, era costume do governador libertar um prisioneiro, qualquer um que a multidão escolhesse. Nesse ano, havia um prisioneiro, famoso por sua maldade, chamado Barrabás. Quando a multidão se reuniu diante de Pilatos naquela manhã, ele perguntou: “Quem vocês querem que eu solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?. Pois ele sabia muito bem que os líderes religiosos judeus tinham prendido Jesus por inveja. Nesse momento, enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua esposa lhe mandou o seguinte recado: “Deixe esse homem inocente em paz. Na noite passada, tive um sonho a respeito dele e fiquei muito perturbada”. Enquanto isso, os principais sacerdotes e os líderes do povo convenceram a multidão a pedir que Barrabás fosse solto e Jesus executado. Então o governador perguntou outra vez: “Qual dos dois vocês querem que eu lhes solte?. A multidão gritou em resposta: “Barrabás!. Pilatos perguntou:E o que farei com Jesus, chamado Cristo?. “Crucifique-o!, gritou a multidão. “Por quê?, quis saber Pilatos. “Que crime ele cometeu?” Mas a multidão gritou ainda mais alto: “Crucifique-o!. Pilatos viu que de nada adiantava insistir e que um tumulto se iniciava. Assim, mandou buscar uma bacia com água, lavou as mãos diante da multidão e disse: “Estou inocente do sangue deste homem. A responsabilidade é de vocês”. Todo o povo gritou em resposta: “Que nós e nossos descendentes sejamos responsabilizados pela morte dele!. Então Pilatos lhes soltou Barrabás. E, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado”. (Mt 27.11-26). 

Quais são as lições desse texto para nós?


A primeira lição que o texto ensina é que quem opta pela abstenção compactua com o desfecho final. Pilatos tinha toda autoridade para libertar o Senhor Jesus, ele reconheceu que o Mestre era inocente, mas sua esposa enviou-lhe uma mensagem para não se envolver, depois de uma tentativa fracassada de libertar Jesus, mediante a tradição da época. Mesmo assim, Pilatos titubeou e lavou as suas mãos afirmando ser inocente, mas o fato é que ele se tornou cúmplice do que aconteceu.


A segunda lição que o texto ensina é que quem se deixa consumir pela inveja, escolherá destruir o outro. O texto mostra que os líderes religiosos, movidos pela inveja, tentavam destruir Jesus a qualquer preço. Foram eles que levaram o Mestre até Pilatos e o fizeram por inveja e foi tal sentimento que fez com que eles desejassem e optassem por matar o Senhor Jesus. Portanto, todo o mal que vemos sendo perpetuado em nossa sociedade é fruto do que vai no coração do ser humano.

Por último, o texto ensina que quem se deixa levar em sua escolha acaba por destruir a vida de outrem. Pilatos abdicou de seu poder, não teve coragem, mesmo sabendo que o Mestre era inocente, escolheu entregá-lo à multidão. Aquela multidão que tantas vezes ouviu o Mestre pregando, escutou os seus ensinamentos, se deixou levar pelo que diziam os líderes religiosos e escolheram que Barrabás fosse libertado e que o Mestre crucificado. Quem segue cegamente a orientação de líderes inescrupulosos, acaba tornando-se algoz de inocentes.

Politicamente, em determinados países, é possível abster-se e tal atitude trará suas consequências. Diante do Mestre, quando somos desafiados a fazer a nossa escolha, não dá para nos abster. Quem é que irás escolher? Jesus ou o Barrabás social?

98 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page