top of page
Buscar

A queda



O Brasil está passando por um momento muito delicado, não apenas nas áreas da saúde e economia, mas acima de tudo, por causa da polarização que se vive no País, há o conflito entre os extremos. É praticamente impossível ter um diálogo sobre visão política, pois as pessoas extremaram. Se alguém pensa diferente da sua postura é chamado de esquerdopata ou de fascista, e neste contexto, ninguém consegue se entender e amizades são destruídas. Famílias entram em crise, sem perceber que toda e qualquer opção política será sempre passageira.


Os meios de comunicação, noticiaram a prisão da ativista Sara Winter, que hoje afirmam ser de extrema-direita, mas num passado bem recente foi da extrema-esquerda. A trajetória da jovem é antagônica, pois ela saiu do movimento feminista, foi uma das fundadoras da variante do grupo Femen no Brasil e por isso, viajou até Kiev para receber treinamento e “defendia pautas liberais, incluindo a construção social dos gêneros, o feminismo e a legalização do aborto.” Entretanto, a jovem mudou e passou a condenar tudo aquilo que um dia defendeu, pediu perdão aos cristãos e tornou-se uma ferrenha defensora das ditas pautas mais conservadoras.


Não sei quando se deu a mudança na vida da jovem, mas uma coisa é certa, ela gosta da ribalta, e pelo que vejo, fez e faz tudo para chamar a atenção. No momento ela é líder de um grupo que se intitula “Os 300 do Brasil” e este grupo é assim chamado por causa história bíblica de Gideão e seus 300 valentes.


Sara tem sede poder. Tentou uma carreira política e não conseguiu, mas buscou continuar na ribalta. Se diz cristã, mas aparece com arma em punho e ameaça pessoas de morte. Seu cristianismo é o “cristianismo de conveniência”. Sua “conversão” foi apenas para mudança de extremos, pois ela continua alimentando o ódio. Nela não há manifestação da graça, nem o fruto do Espírito. Ela se mostra arrogante, ameaça sem pejo algum, acha-se acima da lei e assume-se como a defensora da lei e da moral.


A sede de poder, o desejo de estar na ribalta, fizeram com que a jovem Sara perde-se o controle, fazendo-a crer que estava acima da lei. Olhando para a jovem e o que aconteceu lembrei do que escreveu o autor de Provérbios: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.” (Pv 16.18).


Eu não sou diferente de Sara. Tanto eu, como qualquer ser humano, precisamos dominar o monstro do egoísmo que habita dentro de nós. A melhor maneira de fazê-lo é seguindo o exemplo de João o batista que disse: “É necessário que ele cresça e que eu diminua.” (Jo 3:30). Eu preciso diminuir, apequenenar-me e permitir que Jesus seja visto em mim.


Tanto eu, como Sara e qualquer se humano, gostamos da ribalta. Queremos ser reconhecidos. Fomos educados para sermos “alguém” na vida e por isso, queremos ser reconhecidos. Gostamos dos títulos e não nos preocupamos com a autopromoção, mas o Senhor disse o seguinte: “Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Lc 14.11). Eu e tu, não podemos seguir o caminho de Sara, pois a exaltação própria é sinônimo de ruína. Sendo assim, fiquemos em nossa posição, humildemente e deixemos que no tempo certo as coisas aconteçam.


#contexto #atualidade #humildade #desafios #vidacristã

80 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page