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A verdadeira espiritualidade



O evangelho de Marcos apresenta-nos Jesus movendo-se de um lado para o outro. Porém, vemos sempre o Senhor em contato com as pessoas, esclarecendo-lhe os seus questionamentos e mostrando-lhes a liberdade que há no reino de Deus.

Certa vez o Mestre foi questionado pelos fariseus pois os seus discípulos estavam colhendo espigas no dia de sábado, mas leiamos o texto:


Num sábado, enquanto Jesus caminhava pelos campos de cereal, seus discípulos começaram a colher espigas. Os fariseus lhe perguntaram: “Por que seus discípulos desobedecem à lei colhendo cereal no sábado?. Jesus respondeu: “Vocês não leram nas Escrituras o que fez Davi quando ele e seus companheiros tiveram fome? Ele entrou na casa de Deus, nos dias em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães sagrados que só os sacerdotes tinham permissão de comer e os deu também a seus companheiros”. Então Jesus disse:O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Portanto, o Filho do Homem é senhor até mesmo do sábado. (Mc 2.23-28). 

Marcos mostra os fariseus colocando em causa o ensino do Mestre e acusando-o de não observar a Lei. O Mestre seguiu a maneira rabínica de contra-argumentar e responde-lhes chamando-lhes a atenção para às Escrituras, esclarecendo-lhes todas as coisas. Portanto, quais são as lições que aprendemos com o Mestre?


A primeira lição ensina que é preciso interpretar as Escrituras de maneira correta. A acusação que foi feita a Jesus e seus discípulos foi que eles estavam violando a Lei. Por isso, a contra-argumentação inicia-se chamando aqueles líderes para as Escrituras e faz uma analogia com Davi levando os seus ouvintes a decidirem se Ele teria um chamado que justificasse as suas ações. O Mestre ao se comparar com Davi, assume que é rei e é um rei muito maior que Davi.


A Escritura declarava que não era para trabalhar no dia do sábado (Êx 20.8-11), mas os rabinos buscaram definir o que era proibido e por qual mandamento. Sendo assim, surgiram 39 categorias principais de trabalhos proibidos no sábado. Portanto, o Mestre diz que é preciso olhar para a Escritura e não o mandamento que o homem cria através da sua interpretação da mesma.


A segunda lição ensina que é fundamental viver pela Palavra e não pelo tradicionalismo. O Mestre e seus discípulos são acusados de não obedecerem a Lei, isto é, eles são acusados de não estarem cumprindo os mandamentos. Contudo, o Senhor mostra que a acusação que lhes é feita vem fundamentada no tradicionalismo religioso, em conceitos meramente humanos. Sendo assim, Ele utiliza as Escrituras e mostra que tanto Ele como seus discípulos não estão cometendo nenhum pecado.


A terceira lição ensina que as coisas sagradas devem estar disponíveis para aqueles que passam por necessidades. O Mestre mostra que as pessoas que passam por necessidades estão acima dos costumes e das tradições. Quando utiliza a imagem dos pães da propiciação, que eram doze pães, recém-assados, que eram postos numa mesa perante Deus, no Tabernáculo, durante todo o dia de sábado e depois eram comidos pelos sacerdotes (Lv 24.5-9; Nm4.7), o Senhor mostra e ensina que a melhor maneira de utilizar as coisas sagradas e consagradas ao Senhor é colocando-as para servir os homens.


O Mestre declara que Ele é o Soberano, é Senhor sobre a humanidade e que o sábado é para servir a humanidade e deve ser um dia onde as pessoas podem descansar, mas elas devem servir a Deus. Portanto, o Senhor apresenta o evangelho da graça que liberta o homem do legalismo e da manipulação religiosa.


O Mestre ensina que a verdadeira espiritualidade não é vivida fundamentada no legalismo e na tradição religiosa, mas sim na observância das Escrituras.


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