A vida é bela

Roberto Benigni, ator e diretor de cinema italiano, ganhador do Óscar de melhor ator em 1999, dirigiu e interpretou o filme A vida é bela, que narra a história de uma família que, durante a Segunda Guerra Mundial, foi levada para o campo de concentração nazista. Guido, personagem interpretado por Benigni, que se vê afastado da mulher e fica com o filho, de forma brilhante usa toda a criatividade para proteger o garoto das atrocidades ali vivenciadas. Guido faz o garoto pensar que eles estão participando de uma grande brincadeira e, assim, no meio do caos, a vida se faz plena, apesar de toda a atrocidade que os rodeia. O livro do Eclesiastes nos diz que a vida é para ser vivida com alegria, apesar de todas as coisas que acontecem à nossa volta. É preciso regozijar-se, é isso que diz o Eclesiastes
“O que as pessoas ganham com tanto trabalho árduo? Vi o fardo que Deus pôs sobre toda a humanidade. E, no entanto, Deus fez tudo apropriado para seu devido tempo. Ele colocou um senso de eternidade no coração humano, mas mesmo assim ninguém é capaz de entender toda a obra de Deus, do começo ao fim. Concluí, portanto, que a melhor coisa a fazer é ser feliz e desfrutar a vida enquanto é possível. Cada um deve comer e beber e desfrutar os frutos de seu trabalho, pois são presentes de Deus. E sei que tudo que Deus faz é definitivo; não se pode acrescentar ou tirar nada. O propósito de Deus é que as pessoas o temam. O que acontece agora já aconteceu antes, e o que acontecerá no futuro também já aconteceu, pois Deus faz as mesmas coisas acontecerem repetidamente” (Ec 3.9-15).
Quais são as lições que o texto nos ensina?
A primeira lição que o texto nos ensina é que Deus fez todas as coisas belas. O Criador fez tudo formoso e é preciso ter a capacidade de contemplar e perceber a beleza da criação. Além disso e acima de tudo, precisamos perceber que que tudo acontece no tempo de Deus, entendê-lo como Ele é e que Ele fez tudo perfeito e belo. Dessa forma, entenderemos que a vida é genuinamente bela, apesar das tragédias que nos assolam e que vemos acontecer diariamente. Contudo, para que isso aconteça precisamos ter a capacidade criativa de Guido para transformar as desgraças em graça.
A segunda lição que o texto nos ensina é que devemos desfrutar da vida. O prazer da vida está na própria vida. A vida só faz sentindo quando vivemos e desfrutamos de tudo o que ela nos oferece dentro da perspectiva de Deus. A vida é um dom de Deus e devemos desfrutá-la e tirar o máximo de proveito dela, pois tudo provêm do Senhor e cabe-nos saber fazer uso do que Ele tem nos concedido.
Por último, a vida é para ser vivida no temor do Senhor. Deus é o Criador de todas as coisas, Ele é Eterno e tudo o que Ele fez entrará para na eternidade. Nesse momento, desfrute da vida na perspectiva do Criador, sabendo que chegará o momento em que entraremos na eternidade e nesse momento, tudo o que passou será renovado pela graça e misericórdia de Deus, pois Ele é o Deus que nos perdoa e nos concede a oportunidade de começar de novo.
A vida é bela e é preciso vivê-la com criatividade, mas acima de tudo, é essencial viver na perspectiva do Criador porque chegará o momento que desfrutaremos da eternidade.