Angústia
O momento que o mundo está atravessando é marcado pela incerteza e angústia que as pessoas estão vivendo. Catástrofes naturais, o Covid-19 ceifando milhares de vidas e, de repente, percebemos que a vida é fugaz. Descobrimos que alegria e tristeza caminham a par e passo.
Este é um momento em que, todos viram parentes ou amigos sofrendo por causa do Covid-19 e muitos perderam seus familiares e amigos. O luto e a tristeza se tornaram uma realidade global, angustiante, dilacerante e acima de tudo, expõe por um lado a insensibilidade daqueles que desejam enriquecer a qualquer custo.
Este momento serve para mostrar que todos passamos por dificuldades e problemas. Subitamente, somos surpreendidos pela notícia que alguém próximo está infectado com o Covid-19 e ficamos pasmados, revoltados e angustiados sem saber o que fazer.
A angústia tem a capacidade de nos incapacitar e nos faz viver fora de nossa realidade. Ela nos deixa carentes, em sofrimento e muitas vezes, restam-nos apenas as lágrimas para nos consolar. Entretanto, a angústia pode ser benéfica, pois nos conduzirá para um relacionamento mais íntimo com Deus. Sendo assim, ela faz com que reconheçamos que o Senhor é o único que tem poder para reverter a situação.
É nesse momento que reconhecemos que somos fracos e débeis e basta uma pequenina coisa para nos deitar a baixo e destruir toda a felicidade e alegria que podemos estar a sentir. De repente, a alegria se vai e a dor invade o peito, as lágrimas tomam conta do ser e percebemos que dependemos do Senhor e é nesta hora que clamamos: “Ouve me depressa, ó Senhor; o meu espírito desfalece: não escondas de mim a tua face, para que não seja semelhante aos que descem à cova” (Sl 143.7). Na hora da angústia reconhecemos que somente o Senhor pode nos livrar.
Há momentos em que a angústia toma conta de mim e ela priva-me da alegria, tira-me o desejo de realizar o que tenho para fazer. Nestes momentos, fico sentado diante do computador, procuro palavras para expressar o que vai em minha alma, mas sinto-me vazio. Sento e exponho o meu sofrimento ao Senhor, pois tenho certeza que Ele ouve a minha oração e entende a minha dor. Oro e digo como o salmista: “Vivifica-me, ó Senhor, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira a minha alma, da angústia.” (Sl 143.11)
Quando a angústia se apodera de mim, quando a alma me deixa e a tristeza se faz presente e parece que vou sucumbir, nesse momento recordo do Senhor, de suas misericórdias e por isso, posso dizer como o salmista: “Volta, minha alma, a teu repouso, pois o SENHOR, te fez bem.” (Sl 116.7).
Eu sei o quanto dói ficar angustiado, mas também sei como é maravilhoso descansar nas mãos de Deus. Que tal fazeres a mesma coisa?