Aprendendo com Ana

Vivemos em um mundo dominado pelos homens. As mulheres ficam preteridas. Nossa sociedade é machista e exclui a priori o direito às mulheres. Contudo, as mulheres dão lições profundas aos homens e devemos lembrar que no princípio, elas também foram criadas à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.27).
A Bíblia conta a história de uma mulher amargurada e desprezada, mas que não entregou os pontos. Ela mostrou que vale a pena viver e lutar por dias melhores. Lendo a história de Ana (1Sm 1-2), aprendi que numa relação conjugal, o cônjuge não pode desejar ser tratado como filho (1Sm 1.8). Ana não tinha filhos. Era estéril e seu marido disse-lhe que valia mais do que dez filhos. Contudo, ela ensina que o marido não pode assumir o lugar dos filhos e muito menos a relação com que há entre mãe e filhos. Portanto, o relacionamento conjugal deve ser de amor um pelo outro pelo que são e não pelo que desejam ser ou ter.
Quando a tristeza chega, a dor da alma surge, não podemos dissimular. Ana nos ensina que é preciso mostrar seus sentimentos e emoções. Ela chorou, mostrou sua tristeza. Além disto, Ana se voltou para o transcendente. Ela orou ao Senhor (1Sm 10-11). Sendo assim, esta mulher ensina-nos que a solução dos nossos problemas mais profundos está nas mãos de Deus. Devemos confiar no Senhor e não em nós mesmos. Nos momentos de angústia, devemos chorar diante do Senhor.
Aprendemos que é preciso assumir compromissos sérios com Deus. Ana fez um voto e não voltou atrás. Cumpriu o que votou. Mostra que é preciso manter a palavra assumida. Não há um voltar atrás. É firme e constante.
Diante destas lições, resta uma pergunta: O que iremos fazer quando o desprezo e a angústia tomarem conta das nossas vidas?
Como Ana, eu chorarei e clamarei ao Senhor, confiando na resposta d’Ele e você?