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Às ordens dos governantes


Portugal e Brasil passarão por eleições e, quando a população será chamada para ir escolher os seus representantes, aqueles que, durante um determinado período de tempo, governarão a nação. Entretanto, qual deve ser a nossa postura perante os governantes?

O autor de Eclesiastes, observou as atitudes do rei e orientou o povo como deveria proceder e é magnífico refletir sobre o que ele afirmou:


Obedeça ao rei, como jurou a Deus que faria. Não procure evitar seu dever, nem se junte aos que tramam o mal, pois o rei faz o que bem entende. Suas ordens têm respaldo em seu grande poder. Ninguém pode resistir a elas nem as questionar. Quem obedece às suas ordens não será castigado. Quem é sábio encontrará o tempo e o modo apropriado de fazer o que é certo, pois há um tempo e um modo para tudo, mesmo em meio às dificuldades. Aliás, como é possível evitar o que não se sabe que acontecerá? Ninguém pode impedir o próprio espírito de partir. Ninguém é capaz de evitar o dia de sua morte; não há como fugir dessa batalha. E, diante da morte, a maldade certamente não livrará o perverso (Ec 8.2-8).

O texto agora nos apresenta a realidade do poder. Apresenta-nos uma realidade política e nos faz perceber tudo o que um soberano faz, sem que este dê satisfação a ninguém. Ele está cercado de sábios, mas não quer dizer que fará o que os seus sábios dizem. Essa realidade pode ser transportada para a realidade dos ditadores que fazem tudo a seu bel-prazer, como também para os governos de maioria absoluta que até ouvem os conselhos dos outros partidos, até discutem as ideias, mas depois fazem o que lhes apetece. Entretanto, o que o texto nos ensina?


A primeira lição que o texto ensina é que devemos fazer tudo direito por causa do nosso compromisso com Deus. O pregador afirma que não podemos desertar, nem abandonar o nosso trabalho. Portanto, não podemos ser desleais no exercício do nosso trabalho, independente da tirania do governo, devemos trabalhar com afinco e dedicar o nosso melhor.


O pregador afirma que devemos fazer isso por causa do compromisso que temos com Deus e não por causa do homem, mas por causa da nossa fidelidade ao Senhor. Sendo assim, devemos ser justos e honestos não por medo de qualquer pessoa, mas por causa do temor do Senhor.


A segunda lição que o texto ensina é que é preciso paciência para agir no momento correto. O Pregador afirma que o sábio sabe discernir o tempo e, por isso, aguarda a hora de agir, pois é alguém que sabe até onde ir, até onde obedecer, pois temos o direito à desobediência civil. Sendo assim, toda vez que um governo agir contra a moralidade, sem princípios éticos, a pessoa tem o dever e a obrigação de desobedecer. É preciso ter consciência e saber quando agir. Portanto, não compactue com projetos que se oponham a Deus e nem aceite a exploração do seu semelhante. Devemos ser obedientes, subservientes nunca. Nosso compromisso é com o Senhor, pois Ele sim é o Soberano.


Por último, o texto ensina que todo o poder é passageiro. O pregador já nos falou que tudo tem seu tempo determinado e agora trata da temporalidade do poder, mostrando que nada dura para sempre. Portanto, nenhum tirano permanece ad eternum. O seu fim chegará, mesmo que ele não o deseje, pois, há um tempo determinado para todas as coisas.


Todo e qualquer sistema é passageiro, todo tirano passará e todos terão que enfrentar a morte. Portanto, devemos viver sob as leis do governo, por causa do nosso compromisso com Deus. No entanto. todas as vezes que uma lei for contra os princípios do Criador, é fundamental nos opormos, pois mais vale obedecer a Deus do que aos homens.

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