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Como fracassar na vida


Diariamente, os meios de comunicação revelam escândalos no governo português. A sensação que me passa é que esse governo está implodindo, se autodestruindo e isso acontece por estar mal assessorado, governando com pessoas que estão olhando para os seus próprios interesses. A Escritura relata a história de um rei que dividiu o povo justamente por não dar ouvidos aos conselhos que os mais velhos lhe davam. Roboão, o rei dessa história, preferiu seguir a voz dos jovens e o resultado foi trágico. Eis aqui a narrativa de como destruir um governo:


“Roboão foi a Siquém, onde todo o Israel havia se reunido para proclamá-lo rei. Quando Jeroboão, filho de Nebate, soube disso, voltou do Egito, para onde havia fugido do rei Salomão. Os líderes de Israel convocaram Jeroboão, e ele e toda a comunidade de Israel foram falar com Roboão. Seu pai foi muito duro conosco, disseram. Alivie a carga pesada de trabalho e de impostos altos que seu pai nos obrigou a carregar. Então seremos seus súditos leais. Roboão respondeu: Deem-me três dias para pensar. Depois, voltem para saber minha resposta. E o povo foi embora. O rei Roboão discutiu o assunto com os homens mais velhos que haviam sido conselheiros de seu pai, Salomão. O que vocês aconselham? perguntou ele. Como devo responder a este povo? Eles disseram: Se o senhor estiver disposto a servir este povo hoje e lhe der uma resposta favorável, eles serão seus súditos leais para sempre. Mas Roboão rejeitou o conselho dos homens mais velhos e pediu a opinião dos jovens que haviam crescido com ele e agora o acompanhavam. O que vocês aconselham? perguntou ele. Como devo responder a este povo que deseja que eu alivie as cargas impostas por meu pai? Os jovens responderam: Você deve dizer o seguinte a essa gente que diz que seu pai foi muito duro com eles e que pede alívio: Meu dedo mínimo é mais grosso que a cintura de meu pai! Sim, meu pai lhes impôs cargas pesadas, mas eu as tornarei ainda mais pesadas! Meu pai os castigou com chicotes comuns, mas eu os castigarei com chicotes de pontas de metal! Três dias depois, Jeroboão e todo o povo voltaram para saber a decisão do rei, como ele havia ordenado. Roboão lhes respondeu com aspereza, pois rejeitou o conselho dos homens mais velhos e seguiu o conselho dos mais jovens. Disse ao povo: Meu pai lhes impôs cargas pesadas, mas eu as tornarei ainda mais pesadas! Meu pai os castigou com chicotes comuns, mas eu os castigarei com chicotes de pontas de metal! Assim, o rei não atendeu o povo. Essa mudança nos acontecimentos foi da vontade do Senhor, pois cumpriu a mensagem do Senhor a Jeroboão, filho de Nebate, por meio do profeta Aías, de Siló. Quando todo o Israel viu que o rei não iria atender a seu pedido, respondeu: Abaixo a dinastia de Davi! O filho de Jessé nada tem a nos oferecer! Volte para casa, Israel! E você, Davi, cuide de sua própria casa! Então o povo de Israel voltou para casa. Roboão, porém, continuou a governar sobre os israelitas que moravam nas cidades de Judá” (1 Rs 12.1-17). 

Quais são as lições que aprendemos com esse texto?


Não preze à súplica do povo. Estamos diante de um processo de sucessão em que o povo se via explorado, pagando taxas sobre taxas, impostos exorbitantes e, por isso, suplicava que a carga fosse aliviada. É interessante observar que o povo declarava que se isso acontecesse, seguiria fiel à liderança. No entanto, segundo o texto, o líder máximo da nação disse que faria ainda pior e que pioraria a situação da população, sem a menor misericórdia. Ou seja, não atenderia a reivindicação que lhe foi feita.


Não escute os conselhos das pessoas experientes. Roboão, depois de escutar o clamor do povo foi auscultar os conselheiros de seu pai, homens experientes, mas depois buscou seus amigos, que trataram de aconselhá-lo e dizer o que ele gostaria de ouvir. O rei desprezou o conselho dado pelos sábios, seguiu as ideias dos amigos inexperientes e, com isso, dividiu por completo a sua nação.


Aja com altivez e truculência. Roboão deu ouvidos aos seus amigos e declarou que seria implacável e não teria compaixão nem misericórdia do povo. Seria um tirano sem sequer se importar com a vida das pessoas. Foi a sua arrogância, a sua prepotência, que fez com que a nação se dividisse e seu governo fosse um fracasso.


Diariamente, escutamos e lemos notícias sobre escândalos políticos, vemos governos chegando ao fim. Entretanto, tal como na liderança de uma nação, precisamos cuidar de nossas vidas e para que não a destruamos, precisamos ter cuidado com o próximo, devemos seguir os conselhos dos mais experientes e ser pessoas benevolentes. Como é que temos agido?

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