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Considere o que Deus fez


A verdadeira fé não é um salto no escuro e muito menos uma atitude irrefletida. Pelo contrário, a verdadeira fé é completamente racional, resultada de uma reflexão séria. O racionalismo e o iluminismo do século XVIII trouxeram o ceticismo e procuraram expurgar a fé da vida. Entretanto, O Pregador nos convida a refletir, e pede-nos para que pensemos, mas como diz o povo, pensar dói e, por isso, nos dias atuais, evitamos pensar mais profundamente. Queremos todas as respostas num pacote e isso porque pensar dói.

O Pregador ensina que para se ter uma fé sólida é essencial pensar e refletir, pois quem desiste de pensar e refletir sobre a vida da fé estagnou e não percebe que aceita tudo como um facto consumado, tornando-se em uma pessoa que não se dá o direito à dúvida. Entretanto, a dúvida nos leva à reflexão, nos faz avaliar as situações da vida. O Pregador afirma:


Atenta para as obras de Deus, pois quem poderá endireitar o que ele torceu? No dia da prosperidade, goza do bem; mas, no dia da adversidade, considera em que Deus fez tanto este como aquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele (Ec 7.13-14). 

Ao ler esse texto e considerando o que Deus fez, quais as lições que aprendemos?

A primeira lição que se aprende é que a criação mostra-nos a soberania de Deus. O texto nos desafia a olhar para o agir de Deus, convidando-nos a olhar para fora de nós mesmos. Portanto, o Pregador afirma que há um Deus que age e que não é apanhado de surpresa, pois Ele está no controle de toda situação.


O pregador diz que devemos refletir sobre o que Deus fez, mas o que foi que Deus fez? A resposta para primeira pergunta é o universo e deseja que aprendamos a contemplá-lo. Ele criou tudo para nós nos alegrarmos e nos encantarmos e, assim, termos um coração agradecido. Foi Deus quem criou as rosas e as flores para que possamos ficar extasiados com sua beleza e para homenagearmos aqueles que amamos. Ele as criou para que possamos contemplá-las em toda sua exuberância e beleza. Precisamos contemplar a criação reconhecendo a soberania de Deus.


A segunda lição que o texto ensina é que a vida é para ser vivida. Considere o que Deus fez, mas aprenda a desfrutar de cada momento precioso que Ele está a lhe conceder. O pregador diz que devemos gozar das coisas boas. Devemos entender que a alegria e o prazer são para serem vividos agora. O dia está sendo bom, desfrute-o. Viva-o intensamente. Desfrute da vida! Viva sem medo de ser feliz. O dia está fantástico, então vá passear. Desfrute da natureza e do que ela oferece. Entretanto, o Pregador declara que também há momentos difíceis, complicados e devemos entender que esses não passam desapercebidos por Deus e quando enfrentamos esses momentos devemos clamar a Deus, para que Ele nos dê a capacidade de vivê-los dignamente, entendendo que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que o amam (Rm 8.28-29).


A vida não se constitui apenas de bons momentos, pois há lutas, crises e dificuldades, mas Deus está presente em todos os caminhos e deve ser reconhecido em todos eles, ou seja, Deus está no controle e mesmo diante da tempestade, da tormenta, não é apanhado de surpresa. Sendo assim, considera o que Deus tem feito e renda-se a Ele. Reconheça-o em todos os seus caminhos.


O Pregador nos desafia a pensar e a olhar para aquilo que Deus nos proporciona e ter um coração agradecido, pois Ele tem tudo sob controle e por isso, nos incentiva a viver a vida com alegria e confiando na graça e misericórdia de Deus. Como temos vivido?

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