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Declaração de Amor



Este é um momento da história marcado por reencontros. A pandemia fez com que as famílias se reencontrassem e obrigou que os integrantes da casa se redescobrissem. Contudo, essa redescoberta tem aspectos benéficos para algumas famílias, mas tem sido trágica para outras porque a violência se manifesta e destrói as vidas.


A violência passou a ser cultuada em nossa geração. Ela invadiu nossos lares através dos meios de comunicação e foi banalizada através do cinema e não só. O mundo globalizado generalizou a violência e devemos reconhecer esse fato. O isolamento que vivíamos tomou uma proporção maior por causa da pandemia e se estávamos fechados para nós mesmos, agora vivemos confinados e sem relações profundas. O medo tomou conta do ser humano, não apenas o medo de um vírus, mas o medo de manifestar seus sentimentos e emoções. Os relacionamentos são sem profundidade, há uma falsa intimidade. Para mudar esse quadro devemos fazer o que diz a Escritura e lutar contra o conformismo (Rm 12.1-2), não aceitando este sistema que prima em enclausurar a humanidade. Eu, de minha parte, decido mudar até porque toda e qualquer mudança deverá começar em mim, pois devo ser a mudança que desejo ver na sociedade e quero iniciar fazendo minha declaração de amor, abrindo o meu ser, expondo-me.



Quero declarar que amo e amo perdidamente e em primeiro lugar a Deus. Amo-O por Ele ser quem é e perceber que a minha vida não tem significado e sentido se não estiver em uma relação íntima e pessoal com Ele. Portanto, sem medo de parecer um tolo, declaro que amo a Deus, pois Ele me amou primeiro (1 Jo 4.11).


Quem ama a Deus, ama também o seu semelhante. Portanto, assumo que amo o meu próximo e por amá-lo, assumo o compromisso de estar junto dele e sofrer com ele. O amor constrange e me impulsiona a ir ao encontro do meu irmão. Não posso ficar trancado em mim mesmo. Posso estar em confinamento social, mas jamais fechado para o meu semelhante. Preciso ter a coragem de assumir minhas alegrias e tristezas, sem ter medo de parecer ridículo, não posso usar máscaras para esconder minhas emoções e sentimentos, tenho que ser transparente. Preciso me doar para que possa alcançar o meu próximo, que muitas vezes está perto geograficamente, mas muito distante emocionalmente e, essa distância é produto da inversão de valores, pois amamos coisas e desprezamos pessoas. As pessoas se tornam distantes por causa do egoísmo, pois cada um busca apenas o seu próprio interesse e nossa vida está centrada no eu. O desejo de galgar posições, adquirir coisas e a disputa e concorrência existente, afasta as pessoas umas das outras. Não quero viver assim, quero ser livre e viver em liberdade para poder amar. Quero poder sorrir com os que se alegram e chorar com os que estão tristes e desesperados, pois o verdadeiro amor se demonstra em atitudes positivas em relação ao outro. Vou amar, mas esse amor se manifestará em ações positivas em relação ao meu próximo. Amarei meu semelhante pelo que ele é, imagem e semelhança de Deus e não pelo que possui e a minha relação de amor será livre, independente do estrato social, credo, nacionalidade, cor, orientação sexual, pois o amor cria pontes e nunca muros.


O amor que se dá ao outro, deve primeiramente ser direcionado a si próprio. Osborne diz: “Aqueles que aprenderam a amar a si mesmos apropriadamente têm a tendência de amar os outros.” Portanto, sem pejo nenhum, digo que eu me amo. Amo-me pelo que sou e por quem sou, apesar dos muitos defeitos e fraquezas. Fui perdoado por Jesus Cristo e por isso, aceito-me e perdoo-me.


Quero declarar o meu amor e a figura que utilizarei não será um coração, mas sim a cruz, pois ela é a expressão máxima do amor. Na vertical, encontro-me e relaciono-me com Deus e na horizontal, encontro-me comigo mesmo e com meu semelhante e é através da cruz que desejo dizer: “Eu te amo!


#pandemia #vida #amor

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