Demonstre compaixão

O evangelho de Mateus apresenta uma narrativa que mostra que o Senhor Jesus, durante o seu curto ministério, peregrinava e aproveitava para, durante a sua caminhada, encontrar-se com as pessoas, ensiná-las e curá-las de suas enfermidades. Multidões se aglomeravam para ouvi-lo e ele, atento a tudo e a todos, percebia as suas fragilidades. Deixemos que o texto fale por si: “E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não tem pastor” (Mt 9.35-36). O Homem-Deus e o Deus-Homem é movido de compaixão. Jesus, ao ver a multidão à sua volta, foi movido de compaixão. Portanto, aquele que caminha com Cristo precisa ter o mesmo sentimento que houve no Mestre (Fp 2.5). Se assim é, devemos ser pessoas compassivas. Mas o qual é o significado disto?
Aquele que caminha com Cristo deve ter um sentimento genuíno pelas pessoas. O Senhor olhou aquelas pessoas e se comoveu. Ele não as julgou, não as condenou. Ele as viu em seu estado e tendo um sentimento genuíno, foi movido por um amor profundo. O discípulo precisa ter este sentimento para com as pessoas à sua volta. Tal e qual o Senhor, a nossa missão não é para condenar o mundo, mas salvá-lo com a mensagem da graça de Deus e só alcançaremos este objetivo se tivermos um sentimento genuíno. Se olharmos para as pessoas e percebemos que elas estão carentes da graça do Senhor. Precisamos ver toda esta gente sofrida e sentir misericórdia e amor por ela. Não podemos olhar para o povo à nossa volta e condená-lo. O Senhor ficou comovido por causa da condição espiritual em que o povo se encontrava. Ele não o condenou, antes e pelo contrário, foi movido de compaixão. O seguidor de Cristo deve ter este mesmo sentimento genuíno em relação às pessoas à nossa volta.
Aquele que caminha com Cristo deve se preocupar com as pessoas. O Senhor olhou a multidão e foi movido de compaixão. Ele ficou preocupado por causa da situação caótica em que as pessoas se encontravam e seu íntimo foi revolvido com ansiedade porque Ele viu o sofrimento delas. O Senhor ficou preocupado porque elas se encontravam perdidas e não sabiam para onde seguir, uma vez que seguiam sem rumo, sem direção. Jesus não atacava pessoas. Ele condenava o pecado, mas amava o pecador. Ele preocupava-se com o pecador e desejava que este fosse resgatado e curado. Portanto, o discípulo deve caminhar preocupando-se como as pessoas, amando-as. Compaixão é também misericórdia. É manifestação de amor. Jesus amou aquelas pessoas e porque amou-as preocupou-se com elas. No seu amor, o Senhor desejou a transformação das mesmas. Seu amor é restaurador e não condenatório.
É extraordinário olhar para as pessoas que Jesus encontrou e ver que ele nunca falou sobre o pecado delas. Ele nunca as condenou. Sempre amou-as, acolheu-as, perdoou-as e depois disse-lhes para que não pecassem mais.
O desafio que temos é o de aprender a caminhar amando as pessoas. Precisamos aprender a caminhar sem condenar e acusar, até porque, as pessoas estão perdidas e em sofrimento. Elas não desejam ser condenadas e acusadas. Aquele que caminha com Cristo deve amar e aceitar as pessoas como elas são e estão, até porque elas querem ser amadas e acolhidas e é nesse acolhimento que o Espírito Santo fará aquilo que mais ninguém pode fazer.
Aquele que caminha com Cristo deve demonstrar compaixão. Portanto, que Deus venha e desenvolva este sentimento em minha vida para que em mim, eu possa demonstrar o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.