Deveres dos patrões

Foi noticiado no Brasil, como também em Portugal, sobre a existência de empresas que mantêm os seus trabalhadores em condições análogas à escravidão. Ou seja, que esses trabalhadores encontram-se sob o domínio de empregadores espúrios, que se acham donos dos seus empregados e, assim, desvalorizam o seu semelhante e os tratam como seres inferiores. Entretanto, a Escritura é enfática e deixa claro qual deve ser a atitude do empregador em relação ao seu empregado, senão vejamos:
“Senhores, assim também tratem seus escravos. Não os ameacem; lembrem-se de que vocês e eles têm o mesmo Senhor no céu, e ele não age com favoritismo” (Ef 6.9).
O que aprendemos com esse texto?
A primeira lição que o texto ensina é que patrões devem tratar seus empregadores como iguais. Nesse sentido, é essencial que patrões não pensem que são melhores ou superiores aos seus empregados. Tanto empregador como empregado são criaturas de Deus e é fundamental perceber que Deus não faz acepção de pessoas. Ou seja, posição social não determina que você é melhor que outrem. É fundamental perceber que para Deus não há classes sociais.
O texto ensina que patrões devem honrar seus trabalhadores. Logo, patrões devem dignificar seus empregados, não podem ameaçá-los, nem devem exorbitar do seu poder. O empregador tem que dignificar seu trabalhador e honrá-lo. Deve remunerá-lo com condições e nunca reter o seu vencimento, tanto que a Escritura afirma: “Não explorem nem roubem o seu próximo. "Não fiquem até o dia seguinte com o pagamento de seus empregados” (Lv 19.13).
Outra lição que o texto ensina é que empregadores devem agir em relação aos seus empregados como desejam que esses ajam com ele. Ou seja, patrões devem ter a mesma atitude que os seus empregados. Sendo assim, não podem explorar os empregados que simplesmente alugam seu tempo e muito menos extrapolar na relação que existem entre ambos. Empregadores devem tratar seus empregados com equidade.
Por último, o texto ensina que os empregadores precisam se ver como um subordinado. O empregador precisa compreender que não é senhor absoluto, pois está sujeito a regras. Ele está sujeito às leis do País, mas acima de tudo, está sujeito ao Soberano e Criador de todo o universo. Portanto, o empregador não é um senhor absoluto e dono do seu empregado e, por isso, devem trata-lo com dignidade, sendo uma pessoa igual a si mesmo.
Empregadores não são senhores dos seus empregados. Cabe a todo empregador a responsabilidade de ser justo e honesto para com aqueles que trabalham com ele. Deve honrá-los e cuidar dos seus interesses, atendendo as suas questões e necessidades. Que tipo de empregador tu és?