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É preciso coragem



O rabino Harold Kushner, escreveu o livro Saber viver num mundo incerto: Como venver o medo das mudanças drásticas sem perder a alegria de viver e, nesse livro ele declara que “A coragem não é ausência de medo, e a capacidade de o ultrapassar. A coragem olha o medo nos olhos e recusa-se a ser intimidada”. Portanto, a coragem é não se deixar paralisar e dominar pelo medo, mas enfrentá-lo e ultrapassá-lo com ousadia. Quando lemos os evangelhos, encontramos a história de um homem, José de Arimatéia, que fazia parte do sinédrio e aguardava a chegada do reino de Deus, mas aquando da morte do Senhor Jesus, foi justamente ele que decidiu ir falar com Pilatos para solicitar o corpo de Cristo para que pudesse enterrá-lo. O evangelho de Marcos apresenta-nos esse relato afirmando que


Tudo isso aconteceu na sexta-feira, o dia da preparação, antes do sábado. Ao entardecer, José de Arimateia foi corajosamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. (José era um membro respeitado do conselho dos líderes do povo e esperava a chegada do reino de Deus.)  Surpreso com o fato de Jesus já estar morto, Pilatos chamou o oficial romano e perguntou se fazia muito tempo que ele havia morrido. O oficial confirmou que Jesus estava morto, e Pilatos disse a José que podia levar o corpo. José comprou um lençol de linho, desceu o corpo de Jesus da cruz, envolveu-o no lençol e colocou-o num túmulo escavado na rocha. Então rolou uma grande pedra na entrada do túmulo. Maria Madalena e Maria, mãe de José, viram onde o corpo de Jesus tinha sido sepultado. (Mc 15.42-47). 

Diante desse texto, quais são as lições que aprendemos?


A primeira lição que o texto nos ensina é que precisamos ter coragem para não aceitar leis espúrias que fazem mal à sociedade. O texto afirma que José de Arimateia foi até Pilatos e pediu o corpo de Jesus, algo normal para nós, mas que, naqueles dias, os condenados à morte perdiam o seu direito de ser sepultado e o corpo daqueles que eram acusados de traição permaneciam apodrecendo na cruz. Portanto, José de Arimatéia ousou e foi até o governador para pedir o corpo de Jesus afim de enterra-lo, mostrando que não aceitava aquela lei espúria.


A segunda lição que o texto apresenta é que é preciso coragem para obedecer o que diz a Escritura. Era o dia da preparação, um dia agitado, pois tudo deveria ficar pronto nesse dia para que nenhum trabalho fosse realizado no sábado. Entretanto, José de Arimatéia preocupou-se com o ensino das Escrituras que afirmava que até mesmo o corpo de um criminoso deveria ser sepultado. Sendo assim, esse homem, que era temente a Deus dirigiu-se até Pilatos para pedir o corpo do Senhor Jesus e assim poder enterrá-lo, cumprindo o que dizem as Escrituras.


Por último, aprendemos que é preciso coragem para assumir-se como discípulo e amigo de Jesus. A atitude de José de Arimatéia foi uma confissão pública de que ele era seguidor de Jesus, mas que daquele momento em diante, já não seria um seguidor omisso, que ficava escondido. José de Arimatéia foi até Pilatos e assumiu que era alguém próximo ao Senhor e que tinha uma relação com Ele. Essa sua atitude, portanto, mostrou para os outros membros do sinédrio que ele estava assumindo-se como seguidor de Jesus.


Esse texto mostra-nos que há momentos em que temos que ter a coragem de romper com o nosso medo e enfrentar os desmandos políticos e religiosos para que possamos cumprir a vontade de Deus. Além disso, o próprio Deus cria situações em que será preciso ter a coragem de se assumir como seguidor de Jesus. O que tu farás?

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