Ele vive

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), afirmou que Deus está morto. No século XX, nos idos anos 60, surgiu o movimento teológico que estava ligado ao conceito da secularização, que ficou conhecido como teologia radical ou como teologia da morte de Deus. Esse movimento teve sua origem a partir de um artigo que foi publicado na revista Time intitulado Christian “Atheism: The “God Is Dead” Movement”, “Ateísmo cristão: o movimento 'Deus está Morto' e teve como seus expoentes os teólogos Thomas Altizer, Paul van Buren, William Hamilton e Gabriel Vahanian. Pilar del Rio, viúva do escritor português, José Saramago, prêmio Nobel da Literatura, e que ao falar de sua vida questionou: “Quem vai namorar a viúva de Deus?” Portanto, para ela, não apenas Deus havia morrido, como era também um ser humano. É caso para se dizer: assim caminha a humanidade.
Recentemente, celebramos a Páscoa, evento que nos recorda a morte e a ressurreição de Jesus Cristo e nos ensina que a morte não tem a última palavra. Ele vive e o credo diz que Jesus “está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos”. Ele ressuscitou e nós também um dia iremos ressuscitar e estaremos perante o tribunal divino. O evangelho de Mateus afirma:
“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, ele se sentará em seu trono glorioso. Todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará as pessoas como um pastor separa as ovelhas dos bodes. Colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Venham, vocês que são abençoados por meu Pai. Recebam como herança o reino que ele lhes preparou desde a criação do mundo” (Mt 25.31-34).
Portanto, a morte será vencida e todos nós ressuscitaremos e estaremos perante o tribunal de Deus. Nesse sentido, devemos recordar as últimas expressões do credo que afirma que cremos “na ressurreição da carne; e na vida eterna”.
Jesus venceu a morte e todos nós estaremos um dia na sua presença. Pode ser que malfeitores, bandidos e torturadores tenham morrido sem enfrentar a justiça e é verdade que não os podemos trazer de lá, mas também é verdade que há-de chegar o dia que estarão presentes perante o tribunal do Rei e desse não há escapatória.
Jesus Cristo morreu e isso é um fato que não podemos negar, mas é fundamental dizer que Ele ressuscitou ao terceiro dia. Ele vive e reina eternamente e devemos estar preparados para nos encontrar com Ele.