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Falsa espiritualidade



Existem pessoas que estão agarradas às suas funções, a tal modo que não se veem desligados delas, pois passaram a ser uma extensão de si mesmas. A função exerce papel preponderante na sua existência, mas como afirmou Anselm Grün: “Quem se define apenas a partir da função perde a si mesmo quando a função se acaba. A função dá-nos segurança, mas devemos, já enquanto exercemos o ofício, construir uma distância interior em relação ao cargo. Não devemos deixar-nos absorver pela posição”. No relato do evangelho de Marcos, encontramos homens que se absorviam pela posição que ocupavam e dela se utilizavam para explorar o povo. Eram religiosos, líderes que viviam uma falsa espiritualidade e no texto do evangelista o Senhor Jesus adverte o povo da seguinte maneira:


E, ensinando-os, dizia-lhes: Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes compridas, e das saudações nas praças, E das primeiras cadeiras nas sinagogas, e dos primeiros assentos nas ceias; Que devoram as casas das viúvas, e isso com pretexto de largas orações. Estes receberão mais grave condenação (Mc 12.38-40). 

Vejamos, portanto, o que o Senhor ensina que sobre a falsa espiritualidade.


A primeira lição que aprendemos é que a falsa espiritualidade é vista pelo orgulho e valorização da função. O Senhor Jesus disse ao povo para guardar-se dos escribas, que perambulavam pela cidade, sem tirarem suas roupas destinadas exclusivamente às suas funções e por isso, exigiam que as pessoas se curvassem diante deles e que os chamassem de mestres e pai. Portanto, o orgulho e a altivez demonstram a falsa espiritualidade.


A segunda lição que o texto nos ensina é que a falsa espiritualidade é vista pelo desejo de reconhecimento. O Senhor Jesus disse que era para ter cuidado com eles e mostrou que aqueles religiosos vazios querem ser vistos e careciam de reconhecimento. Eles gostavam dos primeiros assentos e desejam as saudações quando passavam. A falsa espiritualidade é reconhecida por esse desejo de reconhecimento e de falsa grandeza.


A terceira lição que aprendemos com esse texto, é que a falsa espiritualidade é vista através da exploração das pessoas. O Senhor Jesus disse que eles exploravam as viúvas, obrigando-as a sustentá-los. Portanto, a falsa espiritualidade pode ser vista no desejo do ter e não do ser e se manifesta em pessoas religiosas que só pensam e si mesmas e nunca no seu próximo.


Aqueles líderes engavam as pessoas as levavam a crer que elas estavam realmente sustentando a obra de Deus, mesmo que, sem poder despender tanto dinheiro, abriam mão do que tinham para sustentar tais pessoas.


Por último, o Senhor Jesus disse que as pessoas que vivem essa espiritualidade vazia e exploratória sofrerão severo juízo. Portanto, é possível enganar os homens, mas não a Deus e, como consequência, o juízo será severo por mostrar o que não se é e por tentar enganar o Senhor.


O Senhor Jesus advertiu o povo dos seus dias contra os líderes religiosos que apresentavam uma falsa espiritualidade e essa era vista em suas atitudes e modo de vida. Sendo assim, quando nos deparamos com os líderes dos nossos dias, suas atitudes revelam que eles são realmente de Deus ou que vivem de aparências?


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