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“Fast food” espiritual



Cresci na minha querida Manaus e ainda lembro-me quando abriu a primeira casa de "fast food". Foi uma festa. Todos tinham que ir lá comer um Kikão, era assim que se chamava a sanduiche mais famosa. Depois, muitas casas apareceram. Porém, eu continuo a gostar da boa comida e não das que ficaram conhecidas como comida de plástico.

Vivemos num mundo globalizado e a nossa alimentação, também foi globalizada. A comida é plástica. Vemos cada vez mais as pessoas a enfrentarem problemas de saúde por causa de uma má alimentação. No corre-corre, não temos tempo para uma boa alimentação. Não temos condições para cuidar da saúde como gostaríamos e, assim, acabamos por nos ir nos autodestruindo. Isto é muito grave, e é também um reflexo da nossa visão espiritual. Hoje, queremos uma espiritualidade estilo “fast food”.

A igreja que transformou a sociedade, hoje é influenciada pelo pensamento social. A igreja pós-moderna está acomodada aos padrões ditados pela cultura do momento. Sendo assim, a nossa espiritualidade é do tipo “fast food”. É tudo muito rápido e não há tempo para nada. Não há envolvimento. Já não temos prazer em estar na igreja. A maioria das pessoas vai lá uma vez por semana, e somente a um culto, e isto basta. Não há compromissos, não há envolvimento.

A cultura da “fast food” espiritual não valoriza o culto biblicamente relevante. As pessoas desejam um culto que lhes agrade. Na realidade, desejam um espetáculo e não um culto. Elas querem que o seu ego seja massageado. É por este motivo que não se pode falar em pecado. Não se pode falar em compromisso com Deus. As pessoas desejam ouvir uma mensagem que lhes diga que a vida vai correr bem. Querem ter um programa antropocêntrico e não Cristocêntrico. 

Eu não gosto de “fast food”, “Fast food” espiritual então, nem pensar. Quero viver uma espiritualidade saudável. Quero um culto relevante, onde a ênfase seja na Palavra de Deus, onde Deus seja louvado e adorado em espírito e em verdade. Devemos compreender o seguinte: Nossos cultos devem visar Deus, sua glória, exaltar seu nome, agradecer pelo seu amor e proteção, proclamar seus feitos, anunciar suas grandezas. Não estamos no culto para um “show”, não estamos para um encontro social. Estamos para exaltar a Deus.

Uma espiritualidade saudável proclama o evangelho. Evangelho são as boas novas; mas estas "Boas Novas” são intolerantes. A nossa mensagem não pode ser relativista, não pode pactuar com o pecado. O evangelismo é intolerante pela própria natureza. É a luz que não tolera as trevas. É o bem que não tolera o mal. É a verdade que não tolera a mentira. Temos de ser ousados na nossa mensagem. Proclamamos, não uma religião, não uma filosofia mas, a Cristo, e este ressuscitado.

Uma espiritualidade saudável não se alimenta apenas de devocionais estilo água com açúcar. Não tenho nada contra os devocionais. Contudo, devemos voltar-nos para o estudo sério da Bíblia. Devemos permitir que a Palavra nos fale. Não podemos viver com o que os outros nos dizem. Devemos permitir que o Senhor nos fale e nos ensine.

A “fast food” faz mal. Ela mata-nos. A “fast food” espiritual é muito pior! Não se deixe enganar e seduzir pela imagem e pelo espetáculo. Viva uma espiritualidade saudável. Viva uma espiritualidade relevante. O que é que isto significa? O que estou dizendo é que a verdadeira espiritualidade é vivida quando damos o melhor de nós mesmos, quando não nos acomodamos e buscamos aperfeiçoar os nossos dons e talentos, quando nos envolvemos na obra do evangelho, quando causamos impacto e a Palavra tem impacto em nós, quando mudamos e também causamos mudanças. É assim que manifestamos a glória do Senhor à sociedade.


“Fast food”? Não obrigado!


#vidaespiritual #atualidade #fastfood

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