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Firme diante das tempestades



O momento que estamos vivendo é de incerteza. Vivemos num período de convulsão social. Diante dos acontecimentos, até parece que estamos dentro de um filme de ficção científica. Vivemos uma pandemia que tem ceifado milhares de vidas, deixando outras tantas fragilizadas nos hospitais, além de nos ter separado de tudo e todos.


A economia mundial está em crise, muitas empresas estão colapsando e os governos não sabem o que fazer. O pior de tudo, é que todo esse processo está afetando as relações familiares e, infelizmente de maneira negativa. Entretanto, devemos reconhecer que este processo de corrosão não é novo, já estende-se há anos e é fruto do egoísmo indômito que não considera o interesse do outro.


Vivemos numa sociedade líquida, como afirmou Zygmunt Bauman e, numa sociedade assim, o amor será líquido. E Bauman diz: “Assim, viver juntos («e vamos esperar para ver como isto funciona e onde nos vai levar») ganha o atractivo de que carecem os laços da afinidade. As suas intenções são modestas, não se presta a juramentos e a declarações, quando feitas, são destituídas de solenidade, sem fios que prendam nem mãos atadas. Com muita frequência, não há congregação diante da qual se deve apresentar um testemunho nem um todo-poderoso para, lá do alto, consagrar a união. Pede-se menos, aceita-se menos e, assim, a hipoteca a executar é menor e o prazo de execução menos desencorajante. O futuro parentesco, desejado ou temido, não lança a sua longa sombra sobre o «viver juntos». «Viver juntos» é um porque, não um para quê. Todas as opções se mantêm em aberto, não permitindo que sejam limitadas por actos passados.” A sociedade é líquida, os relacionamentos são líquidos, e, diluem-se com o tempo. Por isso, as famílias são cada vez mais afetadas. O número de divórcio aumenta. Lares são desfeitos porque cada um busca o seu próprio interesse. Não há mais o desejo de satisfazer o outro. Hoje, vive-se a busca pela satisfação pessoal, não há mais entrega total. Casa-se pensando no divórcio. Se não der certo separa-se. Certa vez escutei uma jovem dizer: “se não nos entendermos, se não der certo, nos divorciamos”. O casamento como podemos entender tem seus dias contados. Numa sociedade líquida, a instituição deixa de fazer sentido e isso, está claro à nossa volta e até mesmo conosco.


Essa crise existencial atinge todas as instituições, até mesmo a igreja, e é por isso, que vemos pessoas que, por uma razão ou outra, afirmam que perderam a fé. Há aquelas que declaram que não podem amar e servir um Deus que permita que elas passem por dificuldades. É fácil encontrar pessoas que se deixem influenciar e levar pelo que os outros dizem. Por quê? Não aprofundam o seu relacionamento com o Criador, o Senhor.

Como poderemos permanecer firmes diante de tudo isso que estamos vivendo? Crescendo para baixo, ou seja, aprofundando nossas relações. Quando contemplamos uma árvore cheia de frutos, ficamos felizes, mas isso só acontece por causa da raiz. Quando não temos raízes profundas, somos inconstantes (Mt 13.19-23), nos abalamos e desistimos das coisas com facilidade.



Contudo, quando permitimos que a Palavra de Deus fique enraizada em nós, teremos profundidade, seremos constantes e aí sim, poderemos resistir às muitas tempestades que nos cercam. 


#vida #tempestades #Deus



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