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Impiedoso


A história nos diz que nada nos choca mais do que os acontecimentos da segunda Guerra Mundial e sua matança discriminada. Entretanto, foi nesse período que vimos surgir homens que ousaram viver na contramão que aceitaram a cultura da morte e entre esses homens encontramos o empresário Oskar Schindler e o embaixador português Aristides de Souza Mendes que salvaram a vida de centenas de judeus. Esses dois homens não aceitaram a cultura da morte e muito menos desejaram a morte do seu semelhante, ma vez que eles não se alimentaram do ódio e nem se deixaram influenciar. Quando lemos a Bíblia nos deparamos com o profeta Jonas, homem de Deus, que conhecia os mandamentos, mas se deixou dominar pelo ódio ao ponto de desejar a morte do seu semelhante. O profeta conhecia Deus, sabia quem Ele era, mas agiu contra os ensinamentos de Deus, sendo impiedoso e desejando a morte do seu semelhante. Portanto, leiamos o texto:


Isso tudo deixou Jonas aborrecido e muito irado. Então, orou ao Senhor: “Antes de eu sair de casa, não foi isso que eu disse que tu farias, ó Senhor? Por esse motivo fugi para Társis! Sabia que és Deus misericordioso e compassivo, lento para se irar e cheio de amor. Estás pronto a voltar atrás e não trazer calamidade. Agora tira minha vida, Senhor! Para mim é melhor morrer que viver desse modo”. O Senhor respondeu: “Você acha certo ficar tão irado assim? (Jn 4.1-4). 

Quais são as lições que aprendemos com esse texto?


A primeira lição que o texto ensina é que quem se deixa levar por nacionalismos deseja a destruição do seu semelhante. O texto declara que o profeta ficou aborrecido e muito irado porque Deus manifestou misericórdia e não destruiu o povo de Nínive. O profeta conhecia os mandamentos e, por isso, tinha consciência que não deveria matar, mas mesmo assim, ele desejou a morte de um povo inteiro. Portanto, quem alimenta-se de nacionalismo, despreza os ensinamentos de Deus e também despreza o seu semelhante, desejando a sua morte.


A segunda lição que o texto ensina é que aquele que deseja que sua vontade seja feita termina revoltado e irado com Deus. O profeta era um nacionalista e, como tal, desejava que Deus estivesse ao seu favor, sendo exclusivo de seu povo. Entretanto, Deus mostrou ao profeta que amava todas as pessoas e isso o desgastou e fez com que ficasse irado. É bom aprendermos que Deus não tem se deixado agrilhoar por nacionalismos e muito menos por visões políticas. Ele é o Soberano e faz o que bem lhe apraz.


Por último, o texto ensina que quem se prende a uma agenda política prefere morrer do que ver a graça de Deus alcançando os diferentes. Jonas foi um profeta que desejou que aqueles que ouviram sua mensagem não a levassem a sério. Ele queria que as pessoas para quem havia pregado morressem e quando elas se arrependeram, ele desejou a própria morte. Aqueles que defendem uma agenda política, que se agarram a um sistema governamental, revoltam-se e não conseguem entender que a graça de Deus é para todos independente do seu sistema político, pois Deus está acima de qualquer sistema político.


Oskar Schindler e Aristides Souza Mendes amaram as pessoas e fizeram de tudo para que elas fossem salvas. Jonas, o profeta, pregou, mas desejou a morte das pessoas por causa de sua visão política e nós, amamos as pessoas ou estamos agarrados a um nacionalismo e visão política que nos impede de celebrar a salvação que o Senhor manifesta às pessoas?

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