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Jesus: O Deus que espera


Stenio Marcius, compositor e cantor evangélico brasileiro, tem uma canção intitulada Fim de tarde no portão, na qual retrata a história da parábola do pai amoroso, que aguarda pacientemente o regresso do pródigo, o filho gastador que desprezou o cuidado paternal e, dentro daquela cultura, declarou que desejava a morte dele e fez tudo isso porque desejava receber a sua herança e viver sua vida sem dar satisfação a ninguém. Sem pestanejar, o pai aceitou o pedido desse filho. Encontramos essa parábola no evangelho de Lucas:


“Jesus continuou: "Um homem tinha dois filhos. O filho mais jovem disse ao pai: “Quero a minha parte da herança”, e o pai dividiu seus bens entre os filhos. Alguns dias depois, o filho mais jovem arrumou suas coisas e se mudou para uma terra distante, onde desperdiçou tudo que tinha por viver de forma desregrada. Quando seu dinheiro acabou, uma grande fome se espalhou pela terra, e ele começou a passar necessidade. Convenceu um fazendeiro da região a empregá-lo, e esse homem o mandou a seus campos para cuidar dos porcos. Embora quisesse saciar a fome com as vagens dadas aos porcos, ninguém lhe dava coisa alguma. Quando finalmente caiu em si, disse: “Até os empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui, morrendo de fome. Vou retornar à casa de meu pai e dizer: Pai, pequei contra o céu e contra o senhor, e não sou mais digno de ser chamado seu filho. Por favor, trate-me como seu empregado”. Então voltou para a casa de seu pai. Quando ele ainda estava longe, seu pai o viu. Cheio de compaixão, correu para o filho, o abraçou e o beijou. O filho disse: “Pai, pequei contra o céu e contra o senhor, e não sou mais digno de ser chamado seu filho. O pai, no entanto, disse aos servos: “Depressa! Tragam a melhor roupa da casa e vistam nele. Coloquem-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Matem o novilho gordo. Faremos um banquete e celebraremos, pois este meu filho estava morto e voltou à vida. Estava perdido e foi achado!. E começaram a festejar. Enquanto isso, o filho mais velho trabalhava no campo. Na volta para casa, ouviu música e dança, e perguntou a um dos servos o que estava acontecendo. O servo respondeu: “Seu irmão voltou, e seu pai matou o novilho gordo, pois ele voltou são e salvo!. O irmão mais velho se irou e não quis entrar. O pai saiu e insistiu com o filho, mas ele respondeu: “Todos esses anos, tenho trabalhado como um escravo para o senhor e nunca me recusei a obedecer às suas ordens. E o senhor nunca me deu nem mesmo um cabrito para eu festejar com meus amigos. Mas, quando esse seu filho volta, depois de desperdiçar o seu dinheiro com prostitutas, o senhor comemora matando o novilho!. O pai lhe respondeu: “Meu filho, você está sempre comigo, e tudo que eu tenho é seu. Mas tínhamos de comemorar este dia feliz, pois seu irmão estava morto e voltou à vida. Estava perdido e foi achado! (Lc 15.11-32).  

O que essa parábola nos ensina?


Jesus, o Deus que espera, jamais nos vira às costas, isso fica patente nessa parábola, pois o pai que aceita a partida do filho, aguarda o regresso do mesmo e fica olhando para a estrada, de braços abertos, para receber o filho de volta. Jesus, o Deus que nos espera, está olhando para nós, pronto para nos receber e acolher, pois Ele nunca nos vira às costas.

Outro aspecto muito importante dessa história é que esse pai respeita o desejo expresso dos filhos. Portanto, a parábola nos ensina que Jesus, o Deus que espera, é também aquele que respeita as nossas decisões por mais dolorosas que essas sejam e mesmo que elas o firam e façam sofrer. A história nos ensina que Jesus, o Deus que espera, é também o Deus que respeita as nossas decisões e não nos obriga a segui-lo através da imposição e força.


Jesus, o Deus que espera, é aquele que nos reconhece mesmo quando estamos completamente desfigurados. A parábola mostra um pai aguardando pacientemente o regresso do filho que saiu de casa cheio, mas regressa maltrapilho, sem nada, descalço, desfigurado, mas mesmo ao longe, o pai o reconheceu e correu ao seu encontro, pois quem é filho, quem partilha a vida com o Mestre jamais deixará de sê-lo e Ele sempre o reconhecerá. Jesus, o Deus que espera, nos reconhece e nos acolhe.

A parábola é desafiadora e nos ensina que Jesus, o Deus que espera, é aquele que restaura e festeja o regresso dos seus filhos. A parábola declara que o pai deu ordens para que colocassem a melhor roupa, o anel e a sandália e que preparassem um banquete, uma grande festa celebrando o regresso e a vida do filho que se havia perdido. Jesus, o Deus que espera, deseja festejar o regresso e a restauração de quem se encontra perdido.

Jesus, o Deus que espera, deseja que aqueles que permanecem em casa ajam com misericórdia e graça. Quer que celebrem a restauração e que se sintam parte da festa, pois aconteceu o regresso do irmão e isso deve ser motivo de alegria e não de tristeza. Portanto, aqueles que não deixaram o portão, devem estar de braços abertos e preparados para a grande celebração do retorno do irmão que se havia perdido.

Jesus, o Deus que espera, está de braços abertos para te acolher e te receber. Queres voltar para casa do Pai?

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