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Jesus: O Deus Soberano


Pensar sobre a soberania de Jesus é afirmar que Ele é o Rei de todo o cosmos, mas não podemos esquecer que, quando o Senhor esteve jejuando no deserto e logo após esse período foi tentado pelo diabo, uma das tentações que o Mestre enfrentou foi a do poder e do domínio sobre os homens. Evidentemente, ele abdicou dessas propostas, pois seu reino não é político. Como afirma Ratzinger: “A luta pela liberdade da Igreja – luta, porque o reino de Jesus não pode ser identificado com nenhuma estrutura política – deve ser travada em todos os séculos. De facto, a fusão entre fé e poder político tem sempre um preço: a fé coloca-se ao serviço do poder e tem que inclinar-se aos seus critérios”. Entretanto, Jesus é o Soberano que venceu a tentação do poder, de dominar os homens, pois o Senhor se entregou, morreu e ressuscitou e recebeu do Pai todo o poder no céu e na terra, sendo que estas foram as suas palavras:


“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.18-20). 

O que aprendemos com essa declaração do Mestre?


Jesus, o Deus soberano, nos ensina que o seu reino se concretiza através da doação e não da imposição. O reino de Deus não é um projeto político, mas um projeto de transformação social e da implementação da justiça através da conversão. Da mesma maneira que Jesus, o Deus soberano se entregou. Ele declara que seus discípulos se entreguem e atuem na sociedade da mesma forma que Ele atuou.

Outra lição que essa declaração ensina é que Jesus, o Deus soberano, expande o seu reino através dos discípulos que investem suas vidas na vida das outras pessoas. Portanto, o reino cresce à medida que nos entregamos aos demais, ou seja, através de relacionamentos saudáveis, onde caminha-se ao lado das pessoas ensinando os valores do reino de Deus e nunca o reino terrenal, passageiro, que se fundamenta na vontade do homem e não na do Soberano.


Jesus, o Deus soberano, mostra que o seu reino não tem nada a ver com o sistema político humano. O Todo-Poderoso diz que seu reino é transcendente, mas também é imanente e que seu reino não tem fim. Jesus, o Deus soberano, é um Rei presente, relacional, que não abandona os que decidiram caminhar com ele e ser agentes da justiça e reconciliação.


O texto declara que Jesus é o soberano, mas a questão que fica é a seguinte: Tu és um súdito de Jesus?

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