Lute o combate da vida com fidelidade
Quando o apóstolo Paulo estava no fim de sua vida escreveu: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.7). Paulo foi íntegro. Ele não abriu mão dos seus princípios, pois os seus princípios estavam firmados no Senhor e, em momento algum, negou a fé que recebeu. Ele atravessou o deserto de sua vida sempre fiel. A sua vida foi fundamentada seguinte declaração: “O justo viverá pela fé”. (Rm 1.17) Esta declaração ele foi buscar no profeta Habacuque. Qual é o significado desta declaração?
A ideia em Romanos (Rm 1.17) é que a pessoa é reta, inocente. A pessoa adquiriu essa condição mediante a morte do Senhor Jesus. A salvação não é por aquilo que homem faz. Ela acontece por causa da obra de Deus. Ela é fruto da graça de Deus. Habacuque diz: “Eis o soberbo! A sua alma não é recta nele; mas o justo pela sua fé viverá” (Hc 2.4). A melhor tradução para a declaração final do versículo quatro é que o justo vive por sua fidelidade. Ele vive firmado no Senhor (Êx 17.12). O justo vive por causa da imutabilidade do Senhor. Vive por causa do seu compromisso assumido. Ele é fiel e vai cumprir as suas promessas.
Viver firme até o fim é mostrar fidelidade. Esta fidelidade é demonstrada em palavras e por atos. A fidelidade está baseada na relação do homem com Deus. É solidificada no relacionamento pessoal que o homem tem com o Senhor. Sendo assim, no seu viver, o homem vai procurar fazer tudo para honra e glória do Senhor. Em suas palavras e ações ele irá procurar mostrar sua fidelidade ao Senhor. E aqui vale lembrar o que disse o apóstolo: “E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Cl 3.17).
Lutar o bom combate com fidelidade é enfrentar as tragédias da vida firme no Senhor. É não esmorecer e muito menos olhar para trás. É ter a consciência de que nada nem ninguém poderá nos separar do amor de Cristo Jesus. É ter a consciência de em Cristo somos mais que vencedores.
Lutar o bom combate com fidelidade é ter a consciência de que por amor de Cristo “somos entregues à morte o dia todo”, somos “considerados como ovelhas para o matadouro”. O desafio que temos é viver no fio na navalha, firmes no Senhor. Encarando a morte, mas dizendo que não cederemos. Mesmo que no combate tenhamos que enfrentar as revezes que a vida trará e pode ter certeza que virão muitos. Foi por este motivo que Paulo está a exortou Timóteo e está exortando-nos hoje, para combatermos o bom combate com fidelidade.
Devemos combater firmes sem esmorecer. Compreendendo que somos como “ovelhas para o matadouro” ou na linguagem do Senhor Jesus que diz somos enviados “como cordeiros ao meio de lobos” (Lc 10.3). A visão é de morte certa, mas somos desafiados a obedecer. Enfrentar esse combate que parece apontar para a nossa destruição, mas no final, desfrutaremos da vitória. O que nos espera no fim é a coroa da vitória. Entretanto, enquanto aqui estamos, enquanto o combate se desenrola, ficamos “sem voz, sem capacidade de resistir, sem armas para combater à altura. Vamos nos sentido indefesos, absolutamente entregues e rendidos diante das coisas que a nós vierem”. Contudo, nestes momentos, podemos ouvir o Senhor a dizer-nos como disse a Paulo: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (2 Co 12.9).
Lutemos o bom combate com fidelidade, pois a graça do Senhor nos basta e é Ele quem nos fortalecerá e nos conduzirá às pastagens seguras.