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O luto é luta, mas essa é uma luta interior que nos consome e corrói. É uma luta contra o vazio e a tristeza que reina no ser, ante a partida da pessoa que amamos. É verdade e sabemos, que quando ela é inesperada, a incredulidade nos atinge e resistimos em aceitar a perda daquele que amamos. Num primeiro momento, ainda chocados, vão-se perspectivas futuras, os sonhos e o convívio. Essa realidade é transversal, pois atinge todos os que perderam entes queridos e que, por amar, diante da perda, enfrentam essa dura realidade. Foi isso que os discípulos de Jesus viveram aquando de sua morte e mesmo depois que receberam a notícia de que Ele havia ressuscitado não acreditaram. O evangelho de Marcos mostra a incredulidade dos discípulos diante da notícia que eles recebem. A narrativa declara


Quando Jesus ressuscitou dos mortos, no domingo de manhã, bem cedo, a primeira pessoa que o viu foi Maria Madalena, a mulher de quem ele havia expulsado sete demônios. Ela foi aos discípulos, que lamentavam e choravam, e contou o que havia acontecido. Quando ela disse que Jesus estava vivo e que o tinha visto, eles não acreditaram. Depois, Jesus apareceu em outra forma a dois de seus seguidores, enquanto iam de Jerusalém para o campo. Voltaram correndo para contar aos outros, mas eles não acreditaram. (Mc 16.9-13). 

Quando meditamos nesse texto percebemos que os mensageiros têm objetivos específicos, mas os discípulos não creram nas mensagens que receberam. Quais foram as mensagens transmitidas para os discípulos?


A primeira mensagem objetivava consolar os discípulos. O Senhor Jesus apareceu primeiramente a Maria Madalena e ela foi anunciar aos discípulos, que estavam tristes e chorando, que o Senhor havia ressuscitado, mas eles não creram nela. Outros dois discípulos também falaram para eles, mas eles também não deram crédito. Infelizmente, quando nos deixamos consumir pela tristeza, não nos permitimos receber o consolo.


A segunda mensagem objetivava dar esperança para os discípulos. Os discípulos haviam investido suas vidas num projeto que pensavam que tinha fracassado, mas a mensagem da ressurreição deveria renovar-lhes a esperança. Eles podiam voltar a ter alegria novamente, mas o fato é que isso não aconteceu e o motivo foi por estarem sendo consumidos pela tristeza.


Por último, percebemos que os discípulos receberam uma mensagem revolucionária. Jesus ressuscitou, venceu a morte e segue sendo o Mestre deles e, como tal, disse que eles fossem para a Galiléia, pois estaria esperando por eles lá. Entretanto, mesmo diante dos testemunhos eles não acreditaram, pois a tristeza os havia aprisionado e eles não conseguiam se desvencilhar da dor e por isso, estavam agarrados ao acontecimento passado, sem contemplar a novidade radical que se manifestava para eles.


Os discípulos não se permitiram crer por causa da tristeza que tomava conta deles. Diante de tal quadro, eles se manifestaram céticos, mesmo tendo escutado o Senhor dizendo-lhes tantas vezes que isso iria acontecer. Podemos entender que, diante das tristezas e dores é normal ficarmos incrédulos, mas nós, que estamos aqui precisamos responder à mensagem que nos é anunciada sobre a encarnação, morte e ressurreição de Jesus. Cremos nessa história e obedecemos a Jesus?

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