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Não há um justo


Certa vez, ao conversar com uma pessoa sobre um conhecido que tínhamos em comum, ficamos surpreendidos com um ato falho seu, pois para nós, essa pessoa estava acima de qualquer suspeita. Recordo-me que a pessoa com quem falava disse-me para eu pensar em cinco pessoas e, dentre as mesmas, esse conhecido. Depois, ele disse-me se eu perguntasse por quem ele poria a mão no fogo, seria justamente pelo conhecido que havia falhado. A verdade é que todos nós erramos, não somos justos. O autor de Eclesiastes afirma que Deus criou o ser humano para ser justo, mas esse decidiu seguir pelo caminho da maldade. Eis a conclusão do Pegrador


A sabedoria torna o sábio mais poderoso que dez líderes de uma cidade. Não há uma única pessoa na terra que sempre faça o bem e nunca peque. Não escute a conversa alheia às escondidas; pode ser que ouça seu servo falar mal a seu respeito. Pois você sabe que muitas vezes você mesmo falou mal de outros. Sempre me esforcei para que a sabedoria guiasse meus pensamentos e ações. Disse a mim mesmo: "Serei sábio", mas não adiantou. A sabedoria está sempre distante e é difícil de encontrar. Procurei por toda parte, decidido a encontrar sabedoria e entender a razão dos acontecimentos. Resolvi provar a mim mesmo que a perversidade é tolice, e a insensatez, loucura. Descobri que a mulher sedutora é mais amarga que a morte. Sua paixão é um laço, e suas mãos são correntes. Quem agrada a Deus escapará dela, mas o pecador será pego em sua armadilha. "Esta é a minha conclusão", diz o Mestre. "Descobri isso depois de analisar a questão por todos os ângulos. Embora tenha procurado repetidamente, ainda não encontrei o que busco. Entre mil homens, somente um é sábio; mas entre as mulheres não achei uma sequer! Foi isto, porém, que descobri: Deus criou os seres humanos para serem justos, mas eles buscaram todo tipo de maldade (Ec 7.19-29). 

Portanto, o Pregador nos apresenta um homem injusto, mas nos diz que Deus o fez justo, no entanto, foram as atitudes do homem que o fizeram injusto e a culpa não é de Deus, mas do próprio homem. Sendo assim, quais são as lições que o texto nos ensina?


A primeira lição que o texto ensina é que todo ser humano é pecador. O Pregador afirma que todos os seres humanos foram contaminados pela injustiça. Sendo assim, tanto eu como tu estamos vivendo esse dilema. Nós somos pecadores, somos injustos e o Pregador fala da universalidade do pecado. O Pregador afirma que Deus criou o homem justo, mas este afastou-se do Criador, seguiu seu próprio caminho buscando todo tipo de maldade.

A segunda lição que o texto ensina é que a verdadeira sabedoria é inatingível. O Pregador declara que dedicou-se à busca da sabedoria. Por isso, examinou as coisas, mas reconheceu que elas estavam fora do seu alcance. É interessante observar a pergunta retórica que ele fez: quem poderá descobri-la? Portanto, ele reconheceu sua limitação, viu-se como alguém que jamais obteria todas as respostas, pois existiam coisas que estavam para além da sua compreensão. Ele aceitou sua limitação e compreendeu que a sabedoria plena é inacessível. Ele reconheceu que jamais terá resposta para todas as coisas.


Por último, o texto ensina que Deus criou o homem justo, mas esse se corrompeu. O Pregador volta à questão do pecado e afirma que dedicou-se a aprender, a investigar, a buscar a sabedoria e a razão de ser das coisas, numa tentativa de saber qual a razão da insensatez e da impiedade. Ele afirmou que se debruçou na busca de uma resposta do porquê de o ser humano agir assim.


O Pregador reconheceu, pela análise da vida, que o homem optou por afastar-se de Deus. Sendo assim, ele reconheceu que o problema é o homem e não Deus. Deus criou o homem justo, mas o homem se corrompeu na procura de muitas complicações.

Todos nós somos injustos, porém Deus providenciou-nos a solução, já que Ele tem a vacina que nos cura dessa doença mortífera. Jesus Cristo é a resposta.

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