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Não se deixe corromper


O combate à corrupção é o tema predileto dos políticos, mas a grande maioria deles é apanhada se corrompendo e faz valer a máxima de que o poder corrompe. Entretanto, o autor de Eclesiastes mostra quatro perigos que caminham ao lado do ser humano e que podem corrompê-lo enquanto pessoa plena. O Pregador mostra-nos o que pode acontecer quando cedemos às pressões da vida, mas também avisa-nos que elas existem e que as devemos resistir a todas elas. Afirma o pregador:


A extorsão transforma o sábio em tolo, e os subornos corrompem o coração. Terminar algo é melhor que começar; a paciência é melhor que o orgulho. Não se ire facilmente, pois a raiva é a marca dos tolos. Não viva saudoso dos "bons e velhos tempos"; isso não é sábio” (Ec 7.7-10). 

O que aprendemos com esses versículos?


A primeira lição que o texto ensina é que as pressões podem destruir o carácter. O Pregador apresenta duas realidades: A primeira, mostra as dificuldades normais da vida, opressões que chegam e inquietam a pessoa e fazem com que essa fique angustiada, perdendo o seu rumo e se não tiver cuidado pode ter sua vida arruinada. Essas opressões e preocupações vêm para destruir a paz de espírito, surgem para roubar a alegria da pessoa. A segunda realidade que ele mostra é suborno. O texto afirma que quando uma pessoa é corrompida é porque o seu coração já foi anteriormente corrompido. Contudo, na mentalidade hebraica o coração era a fonte dos pensamentos e o que se declara é que quem se deixa subornar tem seu carácter destruído.

O suborno destrói a integridade da pessoa. Portanto, para que seu carácter não seja destruído, tenha uma vida sincera, praticando a justiça e não se deixando subornar e muito menos subornando os outros.


A segunda lição que o texto ensina é que é preciso enfrentar as provações com determinação e paciência. Para ilustrar sua argumentação o autor utilizou um provérbio mostrando que o resultado final das situações é melhor que o seu começo. Ou seja, no sentido original existe o termo dabhãr (palavra), sendo assim que a sua resposta às provações seja em humildade e nunca de forma arrogante. Logo, podemos ver que quem age orgulhosamente diante das pressões e dos problemas que surgem e tem uma atitude arrogante, sem esperar com humildade, só está demonstrando quem realmente é. Portanto, o autor declara que diante das provações é essencial agir com paciência e ter uma palavra agradável que demonstre o que vai no seu ser.


A terceira lição que o texto ensina é que é fundamental enfrentar as pressões da vida sem se deixar dominar pela ira. O autor afirma que não podemos nos exasperar diante das situações adversas. Portanto, o texto afirma que é fundamental ter domínio próprio e que não podemos ser pessoas que explodem por tudo e por nada. A ira é uma realidade, mas quando ela se aloja no ser humano ela é uma tragédia tanto para ele, quanto para os que convivem com ele.


Por último, o texto ensina que é preciso enfrentar as dificuldades de hoje sem saudosismo. O autor afirma que por estarmos atravessando momentos delicados e difíceis isso não pode fazer com que alimentemos o passado. Não é para ficar achando que o que aconteceu no passado é melhor do que o que vivemos no presente. Portanto, o autor mostra como o ser humano tem memória curta, pois diante das pressões do presente o ser humano quer voltar-se para o passado esquecendo-se das suas lutas e tragédias.


O autor declara que é fundamental enfrentar as dificuldades do presente com soluções do presente e não com saudosismo, pois não se resolve os problemas de hoje anelando o que aconteceu numa época passada. As pressões do presente não podem ser analisadas com um olho no passado, mas sim com o olho no presente e buscando respostas para este momento. Portanto, diante dos dilemas e dos problemas atuais, não olhe para trás, mas enfrente as situações com prudência avaliando o momento presente.

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