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O interrogratório



Diz o povo, e muito bem, que contra fatos não há argumentos. Isso foi o que aconteceu quando Jesus foi levado manietado para ser interrogado pelo sogro do sumo sacerdote Anás. Deixemos que o texto fale por si: “Lá dentro, o sumo sacerdote começou a interrogar Jesus a respeito de seus discípulos e de seus ensinamentos. Jesus respondeu: “Falei abertamente a todos. Ensinei regularmente nas sinagogas e no templo, onde o povo se reúne. Por que você me interroga? Pergunte aos que me ouviram. Eles sabem o que eu disse”. Um dos guardas do templo que estava perto bateu no rosto de Jesus, dizendo: “Isso é maneira de responder ao sumo sacerdote?”. Jesus respondeu: “Se eu disse algo errado, prove. Mas, se digo a verdade, por que você me bate?”. Então Anás amarrou Jesus e o enviou a Caifás, o sumo sacerdote”. (Jo 18.19-24).


Jesus estava manietado, sendo interrogado por um homem que desejava à sua morte. Era um religioso astuto e com ligações políticas. Ele interroga o Mestre sobre seus discípulos e ensinamentos e o Senhor lhe responde. Entretanto, quais são as lições que aprendemos com este texto?


A primeira lição que o texto ensina é que devemos expor a nossa defesa sem medo. A resposta do Mestre é magnífica. Ele diz que sempre esteve ali ensinando. Nunca se escondeu. Foi transparente e coerente e assevera sem medo sua inocência. O Mestre mostra que é preciso confrontar aqueles que desejam à nossa destruição com a verdade.


A segunda lição que o texto ensina é que precisamos saber qual é o mal que foi feito. O texto mostra que o Senhor respondeu que sempre esteve falando e ensinando livremente e nada lhe fizeram e por isso, questionou qual o motivo para estar sendo interrogado e disse para que chamassem as pessoas que o ouviram e falassem com elas. Por causa disso, um dos guardas bateu no Senhor e o repreendeu e o Mestre então lhe disse: “Se eu disse algo errado, prove. Mas, se digo a verdade, por que você me bate?” Silêncio!


Contra fatos não há argumentos e por isso, o guarda calou-se e Anás seguiu o exemplo do mesmo e também silenciou.


A terceira lição que o texto ensina é que a verdade destrói os argumentos falaciosos. O Mestre respondeu, falou a verdade e o guarda que o agredia ficou sem saber o que fazer. Como Anás, percebemos que quando faltam os argumentos, resta a violência. Jesus foi amarrado e enviado para Caifás que já havia dito que um homem deveria morrer pelo povo.

Anás silencia, não consegue argumentar e só lhe resta a violência. Religiosos que amam mais o poder que as pessoas têm a capacidade de querer destruir aqueles que falam com amor.


O relato desse encontro de Jesus serve para mostrar que religiosos não abdicam do seu status e são capazes dos atos mais cruéis para se perpetuarem no poder. O Mestre é transparente, responde em amor e mostra que a verdade e o amor sempre irão triunfar.


#Jesus #ensinamentos

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