Onde isto vai parar?

No dia 15 de Setembro de 1999, um homem entrou no templo da Igreja Batista de Wegdgwood, em Fort Worth, Texas, matou seis pessoas e depois se suicidou. E alguns repórteres fizeram a seguinte pergunta: Onde isto vai parar?
Diante de tragédias assim, quando vemos e lemos notícias que tratam destes atos de violência, que mostram estas ocorrências, ficamos perplexos. Como entender estes acontecimentos?
Quando as tragédias acontecem, aparecem muitas pessoas para dar opinião, fazer análises e muita coisa é dita, perguntas são feitas. Porém, o que devemos ter em mente é que “Deus tem algo a nos mostrar, com certeza”. É diante da tragédia que paramos para refletir. É quando encaramos a morte que pensamos na vida. Estamos passando por um momento terrível, marcado por várias tragédias e o que este momento da história nos ensina?
A primeira coisa que precisamos compreender é que a tragédia pode nos atingir. Não temos um certificado de imunidade. Ela pode nos alcançar. As aflições chegam até nós. O Senhor Jesus declarou: “No mundo vocês vão sofrer” (Jo 16.33b BLH). Sendo assim, que jamais tenhamos uma visão mentirosa, que afirma que o cristão não sofre. Todo ser humano, inclusive o cristão sofre, portanto, não nos esqueçamos que a tragédia pode nos alcançar.
Outra lição que devemos ter bem presente é que, todas as vezes que o povo de Deus, note que estou falando do povo de Deus e não de determinada denominação ou igreja, se reúne para o adorar e buscá-lo, surgirão adversários. Todas as vezes que o povo de Deus se volta para o Reino, as adversidades surgem. Recordando o que aconteceu em Fort Worth, os jovens estavam reunidos, concluindo uma campanha de intercessão em favor das escolas da cidade. O seminário havia terminado uma série de cultos de avivamento espiritual. Foi diante dessa busca, do desejo de santificação que a tragédia aconteceu. Quando olhamos para o livro de Neemias, fica claro que quando ele se dispôs reconstruir os muros de Jerusalém, os opositores surgiram. Paulo afirma que nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim, contra as forças espirituais do mal. Portanto, todas as vezes que disponilizarmo-nos para a obra de Deus, as forças do mal irão buscar nos atingir.
Por último, é preciso dizer que não importa o tamanho da tragédia, Deus sempre nos consola e conforta. Deus jamais é apanhado de surpresa. Ele nos tem guardados para Si e irá “apresentar-nos com exultação, imaculados diante da sua glória” (Jd24). Ele é a nossa salvação e ainda que a tragédia se abata, firmados n’Ele, apesar da nossa dor e dos nossos questionamentos, poderemos cantar como Habacuque: “eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha fortaleza” (Hc 3.18-19a). Onde isto vai parar? Apesar de toda dor, angústia e mesmo sem entender o motivo posso assegurar que nos conduzirá à presença gloriosa do Senhor, o Deus da nossa salvação.