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Os exploradores não passarão em vão


Vivemos dias de horror e, como se não bastasse a pandeia que ainda nos assola, vemos aumentar a violência e corrupção. Percebe-se claramente que a opressão, a extorsão e, acima de tudo, a exploração moral são uma realidade de nossos dias. Entretanto, essa realidade não é novidade no mundo, pois essa situação assemelha-se às mesmas vividas nos dias do profeta Habacuque. Justamente por isso, que o profeta se queixou a Deus clamando. O Senhor Deus, que sempre ouve o nosso clamor, respondeu-lhe ao olhar para os exploradores daqueles dias, e ao dizer que todos eles não ficariam impunes. O Senhor trouxe cinco ais para mostrar que eles não passarão em vão. Deus disse para o profeta:


A riqueza é traiçoeira, e os arrogantes nunca descansam. Escancaram a boca como a sepultura e, como a morte, nunca se saciam. Em sua cobiça, ajuntaram muitas nações e engoliram muitos povos. “Em breve, porém, seus cativos os insultarão; zombarão deles, dizendo: ‘Que aflição espera vocês, ladrões! Ficaram ricos pela extorsão; até quando continuarão desse modo?. De repente, seus credores tomarão providências; eles se voltarão contra vocês e levarão tudo que têm, enquanto vocês olham, trêmulos e indefesos. Porque saquearam muitas nações, agora todos os sobreviventes os saquearão. Cometeram homicídio nos campos e encheram as cidades de violência. “Que aflição espera vocês que constroem casas enormes com dinheiro obtido por meio de opressão! Acreditam que a riqueza comprará segurança e manterá sua família afastada do perigo. Mas, com os homicídios que cometeram, envergonharam seu nome e condenaram a própria vida. As pedras das paredes clamam contra vocês, e as vigas dos telhados também se queixam. “Que aflição espera vocês que constroem cidades com dinheiro obtido por meio de homicídio e corrupção! Acaso o Senhor dos Exércitos não transformará em cinzas as riquezas das nações? Elas trabalham com afinco, mas de nada adianta. Pois, assim como as águas enchem o mar, a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor. “Que aflição espera vocês que dão bebidas a seus companheiros! Vocês os obrigam a se embriagar e depois se alegram, maldosos, quando eles ficam nus e envergonhados. Em breve, porém, será sua vez de serem humilhados; venham, bebam e fiquem despidos e expostos! Bebam do cálice do Senhor, e toda a sua glória será transformada em desonra. Derrubaram as florestas do Líbano, agora vocês serão derrubados. Destruíram os animais selvagens, agora o terror deles virá sobre vocês. Cometeram homicídio nos campos e encheram as cidades de violência. “De que vale o ídolo esculpido por mãos humanas, ou a imagem de metal que só os engana? Como é tolo confiar em sua própria criação, num deus que nem sequer é capaz de falar! Que aflição espera vocês que dizem a ídolos de madeira: ‘Despertem!, e que dizem a imagens mudas de pedra: ‘Levantem-se!. Acaso um ídolo pode lhes dizer o que fazer? Apesar de serem revestidos de ouro e prata, não há vida dentro deles. O Senhor, porém, está em seu santo templo; toda a terra cale-se diante dele (Hc 2.5-20). 

O que significam esses ais e quais as lições que aprendemos com esse texto?


A primeira lição que o texto ensina é que Deus não tolera quem enriquece ilicitamente. Deus condena quem enriquece espoliando, roubando o seu semelhante, tomando bens do alheio e declara que tais pessoas não ficarão impunes. O Senhor declara que o egoísta, não tem noção de que é o seu próprio inimigo e que na sua ânsia irá ruir.


A segunda lição que o texto ensina é que Deus não tolera a exploração econômica. O Senhor condena aqueles que desprezam a dignidade e os direitos pessoais do seu semelhante. Deus não tolera a cobiça dos líderes corruptos que usurpam os bens dos mais necessitados.


A terceira lição que o texto ensina é que Deus não tolera os criminosos e violentos. Deus condena aqueles que desejam edificar seus impérios através do crime e da violência. Todo império e toda ânsia do poder, assim como hegemonia ruirá. Entretanto, o Senhor declara que a terra será cheia da sua glória, ou seja, uma profecia do tempo messiânico.


A quarta lição que o texto ensina é que Deus não tolera a corrupção moral. Deus condena a luxúria, a perversão e o gozo que se tem em humilhar o outro. O Senhor declara que aquele que se regozija com a humilhação e vergonha do outro não ficará impune.


A quinta lição que o texto ensina é que Deus não tolera a idolatria. Enquanto, líderes se agarram a ídolos que se calam diante da injustiça, eles não se manifestam, não expressam nada e é por isso, que essa religiosidade vazia é idolatrada por esses líderes. Entretanto, o Senhor é real e exige justiça.


O texto termina manifestando a presença do Senhor em seu templo e que Ele está pronto pronto para ouvir e responder aos seus servos. Ele ainda declara que os exploradores não passarão em vão. Sendo assim, é fundamental ver como estamos agindo, pois Deus não tolera a injustiça.

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