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Palavras



Gosto de conversar e confesso que tenho prazer em participar de debates acirrados, onde defendemos nossas posições e tentamos mostrar que nosso argumento é o que está correto em detrimento do outro. As palavras são as nossas armas e as utilizamos não apenas como defesa, mas fundamentalmente para atacar e fazer prevalecer à nossa argumentação. Entretanto, é preciso ter cuidado, porque as palavras podem ferir e machucar os outros.

Debater ideias sempre, discordar também, mas nunca atacar as pessoas com as nossas palavras. Sendo assim, as nossas palavras precisam ser cuidadas e bem utilizadas para que não venhamos a nos arrepender do que dissemos. A canção Tantas Palavras, de Chico Buarque, em sua última estrofe diz:


"Nós aprendemos
Palavras duras
Como dizer perdi, perdi
Palavras tontas
Nossas palavras
Quem falou não está mais aqui" 

É preciso ter cuidado com as palavras. “As palavras são as nossas principais ferramentas para nos orientarmos no mundo – cujo a maior parte não podemos enxergar, cuja maior parte jamais chegaremos a tocar – vasta existência em expansão, cheia de mistérios, que na verdade é tão maior, tão mais complexa, tão mais real até mesmo, do que nós”. Nós passamos, mas as nossas palavras ficam e por isso, devemos ter muito cuidado com o que falamos.

O que dizemos em um momento como o que estamos atravessando? Em um momento como este, onde encontramos muita gente revolta, e o seu palavreado torna-se ofensivo e desrespeitoso em relação a Deus. Entretanto, devemos estar atento a advertência da Escritura nos adverte: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que ouvem.” (Ef 4.29). Nossas palavras devem promover graça. Precisam edificar as vidas e não destruí-las.

Paulo diz que em nossos lábios não deve haver palavra torpe, e esse termo significa podre, que sejam desagradável. Entretanto, o salmista diz: “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, rocha minha e libertador meu!” (Sl 19.14). O salmista reconhece que Deus é a sua estabilidade e o seu libertador e manifesta o desejo de ter boas palavras em seus lábios e que nós possamos desejar ter sempre boas palavras.

No dia a dia, enfrentamos diversas situações, que podem nos deixar chateamos, zangados e por causa disso, pode ser que surja uma discussão, mas é aí que devemos medir as nossas palavras, pois elas devem ser agradáveis, precisam dar sabor à vida. Diante das confusões que rondam à nossa volta, ouçamos o que diz o apóstolo Paulo: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como convém responder a cada um” (Cl 4.6). Argumente, contra-argumente, não se prive de uma acalorada discussão, mas lembre-se que o seu falar, tem que dar sabor, promover vida. Sendo assim, nesses dias tão complicados que estamos ultrapassando, utilizemos nossas palavras para consolar e confortar os corações e manifestemos a glória de Jesus em nossas vidas.


#vida #palavras #sabedoria

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