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Perdão, um ato restaurador


Qual seria a nossa atitude perante uma pessoa que nos traiu e nos abandou? Quando estivéssemos frente a frente com essa pessoa a receberíamos e acolheríamos novamente?


A traição abre feridas profundas, pois se trata de algo terrível e só quem a viveu, sabe o peso da humilhação e a dor que ela provoca.


Será que perdoaríamos quem nos tivesse traído?


Quando lemos as Escrituras percebemos que Jesus enfrentou essa realidade. Ele foi traído e abandonado por seus amigos. Entretanto, o Mestre ensina que é possível começar de novo e que o perdão é a porta aberta para um novo começo. É magnífico ler a Escritura e perceber como Jesus lidou com Pedro. João descreve assim:


“Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres. Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me. Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é o traidor? Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: E quanto a este? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me. Então, se tornou corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria. Ora, Jesus não dissera que tal discípulo não morreria, mas: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? (Jo 21.15-23) 

Quais as lições desse texto para as nossas vidas?


A primeira coisa que o texto ensina é que o perdão é um ato restaurador e que nos permite começar de novo. Quero apenas me focar no essencial desse texto, ou seja, o que percebemos aqui é que Jesus continua a confiar em Pedro e a tê-lo em conta e, por isso, afirma que ele deve cuidar dos outros discípulos. Ou seja, a traição e a negação são vencidas pelo perdão que culmina com a restauração.


A segunda lição é que o perdão nos restaura para a caminhada conjunta. Notemos que Jesus chamou Pedro para segui-lo, ou seja, para caminhar com Ele. Portanto, o perdão nos capacita a caminhar lado a lado e nos ensina que aquele que nos perdoa quer a nossa companhia. Devemos entender que o perdão é fruto de um amor autêntico.

Por último, o perdão é pessoal e não nos permite olhar para os demais. Jesus desafiou Pedro a segui-lo, mas Pedro olhou para trás e questionou sobre João. Entretanto, o Mestre lhe disse que era para ele simplesmente seguir na caminhada e não se preocupasse com João. Ou seja, ele deveria parar de querer saber da vida dos outros e cuidasse de sua vida e da sua caminhada, até porque quem olha para os outros, deixa de olhar para o Mestre.

O perdão é um ato restaurador. Jesus deseja nos perdoar e nos chamar para segui-lo. A questão é: Estamos seguindo o Mestre?

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