Perdoa as nossas dívidas
A oração modelo de Jesus, a do Pai nosso, nos ensina a compreender tudo o quanto necessitamos para uma vida feliz e saudável. Jesus diz aos seus discípulos: “Vocês, orem assim: Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém” (Mt 6.9-13). Neste ponto da oração Jesus eleva a fasquia, pois o segundo pedido em relação ao homem envolve a realidade do perdão. Ele nos mostra que o perdão é fundamental para a sobrevivência humana, que na realidade em um mundo sem perdão tornaria a vida insuportável.
Nesse sentido. A existência de um mundo onde reinasse o «olho por olho, dente por dente», no mínimo nos transformaria em uma sociedade cega e desdentada. Assim, quando Jesus nos ensina a pedir perdão, ele está a dizer-nos que devemos buscar a via da reconciliação e da restauração.
Somos desafiados a pedir perdão, pois Jesus nos ensina a olhar para dentro de nós para que vejamos as nossas carências e nos desafia a reconhecer as nossas falhas e assim, pedir perdão.
Quais são as lições que podemos reter para as nossas vidas?
Jesus nos ensina que devemos reconhecer que estamos em falta com Deus e por isso, nós devemos pedir perdão. Entretanto, precisamos fazer uma análise interior e reconhecer que somos falhos. Clamar por perdão é clamar pela restauração. É pedir a reconciliação. É importante perceber que Jesus está dizendo-nos que erramos e devemos reconhecer nossos erros e ter a coragem de chegar perante o Pai assumindo nossa a falha e pedir perdão.
Devemos reconhecer os nossos erros e, além disso, precisamos entender que sem pedir perdão, se ficarmos fechados em nossas atitudes e em nossos erros, estaremos separados do Senhor. Se não reconhecemos os nossos pecados há um muro que nos bloqueia e impede que possamos ser alcançados pela graça do nosso Deus. É isto que nos diz o profeta Isaías: “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” (Is 59.1-2). O meio que temos para reverter esta situação é pedindo perdão, uma vez que, Jesus nos ensina a olhar para nós próprios, para reconhecermos nossas falhas e pedir perdão.
Jesus nos ensina a reconhecer os nossos erros e a clamar por misericórdia, já que o perdão é a misericórdia em ação. Ou seja, é a oportunidade de receber aquilo que não merecemos. Além disso, o Senhor diz que devemos olhar para nossas vidas. Reconhecer nossos erros e clamar por perdão.
O Mestre diz que precisamos reconhecer que falhamos na nossa relação com Deus e que por isso, devemos suplicar por misericórdia.
Como é que nos vemos? Será que temos consciência dos nossos erros?
Jesus diz que alcança graça diante de Deus aquele que reconhece sua necessidade e carência. O perdão está disponível para aquele que reconhece seu estado. A misericórdia chega para quem avalia sua vida e reconhece o seu estado e suplica por perdão.
Como é que nós agimos? Estamos avaliando a nossa vida e reconhecendo as nossas falhas? Estamos olhando para nós próprios sem nos justificarmos e muito menos apontando para o erro dos outros? Estamos fazendo uma introspecção e vendo a nossa podridão e suplicando que Deus tenha misericórdia de nós?
Jesus nos ensina a pedir perdão, já que ao fazê-lo, reconhecemos que estamos condenados e merecemos o castigo eterno. Pedir perdão é clamar por misericórdia.
Somos ensinados a pedir perdão, reconhecendo as nossas falhas. Devemos fazer uma introspecção, ver os nossos erros e pedir perdão. Estamos dispostos a isto?
Se reconhecemos nossas falhas e reconhecemos que sobre nós pesa a justiça de Deus, precisamos nos arrepender e dizer: “Perdoa a nossas dívidas”.