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Revelação



Estamos no último mês de um ano atípico, que nos marca a todos com dores cruéis e perdas irreparáveis que ainda estão sendo processadas por todos nós. As perdas econômicas e materiais bem menos do que a dor da perda daqueles que amamos, principalmente quando elas surgem como resultado de um negacionismo insano daqueles que deveriam dar respostas concretas ao povo. É revoltante ver políticos interessados em garantir seus votos ao pensarem unicamente em sua reeleição em vez de desenvolver programas concretos que tragam uma verdadeira resposta ao maior dilema que estamos enfrentando.

De uma forma geral, tenho que concordar com N. T. Wright quando diz que “temos a sensação de que a justiça escapa das nossas mãos. Às vezes ela funciona; outras não. Pessoas inocentes são condenadas e culpados são postos em liberdade. Os tiranos e os que dispõem de recursos praticam o suborno para se livrar dos problemas e escapar da justiça – nem sempre é assim, mas isso acontece de modo a ser notado e questionado”. É preciso questionar e exigir que mudanças aconteçam, pois não podemos esperar por mais um ano de tragédias.

Supostamente, para o mundo Ocidental, o mês de Dezembro é um mês de alegria e festa. É nesse mês que celebramos o nascimento de Jesus, o Salvador da humanidade e celebramos a encarnação de Deus. É nesse mês que o que escreveu João se faz presente em nossa memória coletiva, pois o apóstolo disse: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Se assim é, precisamos olhar para o Salvador e para a manifestação de sua graça e não ficar fixados e presos nas atrocidades que vivenciamos.

Dezembro chegou e as notícias que nos são apresentadas não são nadas animadoras, mas eu deixo as notícias de lado e volto-me para as Escrituras e nelas encontro o profeta dizendo: “Isto, porém, guardo no meu coração; por isso mantenho a esperança: É que a misericórdia do SENHOR não acaba, não se esgota a sua compaixão” (Lm 3.21-22) e como ele, prefiro esperar pela manifestação diária da misericórdia do Senhor.

E assim, neste início de Dezembro quando eu renovo a minha esperança no que diz a Escritura e me deixo embalar na música de Chico que me faz olhar para vida e desafia-me a viver com graça e na manifestação da graça daquele que se vestiu de humanidade. Chico consegue manifestar graça e beleza na sua canção Fantasia que diz:


"E se, de repente
A gente não sentisse
A dor que a gente finge
E sente
Se, de repente
A gente distraísse
O ferro do suplício
Ao som de uma canção
Então, eu te convidaria
Pra uma fantasia
Do meu violão

Canta, canta uma esperança
Canta, canta uma alegria
Canta mais
Revirando a noite
Revelando o dia
Noite e dia, noite e dia
Canta a canção do homem
Canta a canção da vida
Canta mais

Trabalhando a terra
Entornando o vinho
Canta, canta, canta, canta
Canta a canção do gozo
Canta a canção da graça
Canta mais
Preparando a tinta
Enfeitando a praça
Canta, canta, canta, canta
Canta a canção de glória
Canta a santa melodia
Canta mais
Revirando a noite
Revelando o dia
Noite e dia, noite e dia"


Não sou o Chico, mas também te convido para cantar a canção da vida e a canção da graça que se manifestou a nós através dAquele que se fez carne e habitou entre nós e assim, sem fantasia, mas com graça cantemos não apenas espantando os nossos males. Cantemos celebrando a esperança, cantando glória a Deus nas maiores alturas.


#vida #cantar #esperança #Deus

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