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Sem ira e nem contenda



Na história das sociedades observamos que religião e política caminham de mãos dadas e essa relação sempre apresentou-se como perigosa ao longo da história e, atualmente, tal relação continua afetando a vida social, econômica e política em vários países. Ao refletirmos sobre o tema religião e religiosidade, é fundamental que possamos defender a liberdade religiosa, mas devemos entender que, como escreveu John Landers, “A plena liberdade religiosa requer separação entre a igreja e o estado; estabelecer religião não é função legítima do estado. Todas as igrejas e outras agremiações devem ser corporações livres, sustentadas por seus membros. O mundo não tem obrigação de custear as despesas da igreja”. Sendo assim, religião e política devem caminhar lado a lado, mas completamente independentes, ou seja, os religiosos devem esperar e desejar que o governo promova respeito mútuo entre todas as manifestações religiosas de um determinado país. Entretanto, enquanto cristão, leio nas Escrituras qual deve ser a atitude dos discípulos em relação às autoridades e aos mais. O apóstolo Paulo, escreveu sua primeira epístola orientando Timóteo sobre a verdadeira adoração e esclareceu-o da seguinte maneira:


Em primeiro lugar, recomendo que sejam feitas petições, orações, intercessões e ações de graça em favor de todos, em favor dos reis e de todos que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida pacífica e tranquila, caracterizada por devoção e dignidade. Isso é bom e agrada a Deus, nosso Salvador, cujo desejo é que todos sejam salvos e conheçam a verdade. Pois: Há um só Deus e um só Mediador entre Deus e a humanidade: o homem Cristo Jesus. Ele deu sua vida para comprar a liberdade de todos. Essa é a mensagem que foi entregue ao mundo no momento oportuno. E eu fui escolhido como pregador e apóstolo para ensinar aos gentios essa mensagem a respeito da fé e da verdade. Não estou mentindo; digo a verdade. Quero, portanto, que em todo lugar de culto os homens orem com mãos santas levantadas, livres de ira e de controvérsias. Da mesma forma, quero que as mulheres tenham discrição em sua aparência. Que usem roupas decentes e apropriadas, sem chamar a atenção pela maneira como arrumam o cabelo ou por usarem ouro, pérolas ou roupas caras. Pois as mulheres que afirmam ser devotas a Deus devem se embelezar com as boas obras que praticam. As mulheres devem aprender em silêncio e com toda submissão. Não permito que as mulheres ensinem aos homens, nem que tenham autoridade sobre eles. Antes, devem ouvir em silêncio. Porque primeiro Deus fez Adão e, depois, Eva. E não foi Adão o enganado. A mulher é que foi enganada, e o resultado foi o pecado. Mas as mulheres serão salvas dando à luz filhos, desde que continuem a viver na fé, no amor e na santidade, com discrição (1 Tm 2.1-15). 

Quais as lições que esse texto traz para nós?


O texto ensina que é responsabilidade da igreja orar pelas autoridades. Portanto, cabe a cada cristão suplicar pelas autoridades, pedindo a Deus que lhes conceda sabedoria para que possam governar de maneira correta. A igreja intercede, suplica, mas não toma partido e nem deve se aliar a qualquer forma de governo.


Vemos também que o texto ensina que a igreja deve anunciar o evangelho. A solução para a humanidade não reside somente na política, mas na encarnação. Sendo assim, quando o homem compreender que a liberdade se encontra em Jesus e que quando ele aceita a graça de Deus, pode ser feita uma nova criatura que, se viver em conformidade com o evangelho, poderá ser agente de transformação histórica, pois o evangelho é reconciliador.


O texto também ensina que as mulheres devotas se preocupam mais com a beleza interior do que a exterior. Elas não procuram chamar atenção para o seu aspecto físico, não sobrevalorizam sua aparência exterior, antes permitem que naquilo que fazem seja vista a verdadeira beleza.


O apóstolo Paulo escreveu sua carta para Timóteo, mas o que ele escreveu vale para nós também e devemos nos firmar no ensino que diz que devemos interceder e pregar aos governantes e não nos aliarmos a eles. Para as mulheres, nesse tempo da sobrevalorização de academias e do culto do corpo, o apóstolo diz que a beleza interior deve ser cultivada e valorizada. A pergunta que fica é: como cristãos, como agiremos?

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