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Sem negociatas


O ser humano, em sua essência, tende a ser religioso, considerando, inclusive, aqueles que afirmam não crer em Deus ou em outra entidade espiritual. No entanto, isso não significa que não sejam pessoas de fé. Quem crê, afirma a sua fé e quem não crê também, pois fundamenta toda a sua argumentação em sua crença. Contudo, entre aqueles que afirmam ser seguidores de Deus, é possível ser um religioso e crer em Deus, mas pelos motivos errados. Nesse sentido, é necessário indagar: o que nos leva a adorar a Deus? Malaquias nos responde a essa questão:


“As vossas palavras foram duras para mim, diz o Senhor; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti? Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do Senhor dos Exércitos? Ora, pois, nós reputamos por felizes os soberbos; também os que cometem impiedade prosperam, sim, eles tentam ao Senhor e escapam. Então, os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros; o Senhor atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome. Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve. Pois eis que vem o dia e arde como fornalha; todos os soberbos e todos os que cometem perversidade serão como o restolho; o dia que vem os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo. Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria. Pisareis os perversos, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos. Lembrai-vos da Lei de Moisés, meu servo, a qual lhe prescrevi em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos” (Ml 3.13-4.4). 

Quais as lições que aprendemos com esse texto?


A primeira lição que o texto ensina é que Deus deve ser adorado e amado por ser quem é. Deus não pode ser adorado pelo que tem para oferecer e pelas bênçãos que nos concede. É essencial entender que o Deus das bênçãos é melhor do que todas as bênçãos. Portanto, ame o Senhor por Ele ser quem é e não pelo que Ele pode oferecer.


Uma segunda lição que esse texto ensina é a transitoriedade das coisas. O povo que dizia que amava a Deus estava revoltado por pensar que não estava sendo abençoado e ao olharem ao seu redor, quando viam o sucesso daqueles que não temiam o Senhor, questionavam se valeria mesmo a pena servir a Deus. Ou seja, eles barganhavam com Deus, negociavam a sua relação com o Criador sem entender que a vida não se resume ao aqui e agora. Nesse sentido, é bom recordar o que escreveu o apóstolo Paulo: “Se é só para essa vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima” (1Co 15.19).


Por último, Deus toma conta dos seus e os salva. É por isso que não há barganha com Deus, pois Ele é o Soberano e dono do seu povo e é por esse motivo que seu povo não é consumido. O texto diz que aqueles que amam a Deus por Ele ser quem é, se reúnem, estão juntos, apoiando-se mutuamente, cuidando uns dos outros e Deus vem em seu auxílio e declara que eles são sua possessão e, por serem possessão do Senhor, serão poupados quando Ele executar a sua justiça.


Qual tem sido a tua postura diante de Deus? Estás reclamando por causa do sucesso dos outros ou estás tentando barganhar com Ele, negociando numa tentativa de ser abençoado? Ame a Deus e adore-o por Ele ser quem é e não pelo que Ele poderá oferecer.

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