Sem ocultação

Há pessoas que gostam de passar desapercebidas, que gostam do anonimato e outras nem por isso. Também é verdade que em muitos casos, existem aqueles que são mais um no meio da multidão e como se costuma dizer, não são nem tidos e nem achados. Entretanto, o problema reside quando queremos ficar no anonimato e não conseguimos. Isso aconteceu com uma mulher que não sabemos o seu nome, mas a sua história é narrada no livro de Lucas:

“Uma mulher no meio do povo sofria havia doze anos de uma hemorragia, sem encontrar cura. Ela se aproximou por trás de Jesus e tocou na borda de seu manto. No mesmo instante, a hemorragia parou. Quem tocou em mim? perguntou Jesus. Todos negaram, e Pedro disse: Mestre, a multidão toda se aperta em volta do senhor. Jesus, no entanto, disse: Alguém certamente tocou em mim, pois senti que de mim saiu poder. Quando a mulher percebeu que não poderia permanecer despercebida, começou a tremer e caiu de joelhos diante dele. Todos a ouviram explicar por que havia tocado nele e como havia sido curada de imediato. Então ele disse: Filha, sua fé a curou. Vá em paz” (Lc 8.43-48). 

O que aprendemos com esse relato?

A primeira realidade que esse texto me mostra é a sensibilidade de Jesus. A narrativa é magnífica. No diálogo que segue, o narrador tem o cuidado de mostrar que no meio daquela turba, diante do questionamento do Mestre, há uma negação tácita das pessoas. Mas também há uma asseveração de Pedro sobre o fato de a multidão apertar e, por isso, é natural que todos o tocassem. Entretanto, o Senhor declara que algo extraordinário aconteceu, pois aquele toque foi um toque restaurador. Aqui está a sensibilidade do Mestre, que sabe como é que as pessoas O buscam e a forma como procuram tocar nele e quem toca no Senhor Jesus com fé é restaurado.

A segunda realidade que esse texto declara é que aquele que foi restaurado por Deus tem que testemunhar sobre esse feito. O texto declara que há um momento que a mulher não tem como passar despercebida e como resultado, tremendo, caiu de joelhos diante do Senhor e testemunhou do que havia acontecido na vida dela. Será que temos seguido o exemplo dessa mulher e testemunhado daquilo que Deus tem feito em nossas vidas?

Por último, esse texto declara que somente Jesus pode restaurar a pessoa inteiramente. A mulher recebeu a cura física, mas o Senhor foi além e mediante a confissão dela, Ele disse-lhe que ela havia sido salva e, por isso, despediu-a em paz. Notemos que paz significa estar inteiro, íntegro. No entanto, isso só aconteceu através de Jesus e somente Nele, pois Ele é o Príncipe da Paz e o único capaz de restaurar o ser humano por completo. Já foste restaurado por Jesus?

Uma mulher que apenas desejava a cura física ousou tocar em Jesus às escondidas, mas o Mestre da sensibilidade parou e quando ela confessou e testemunhou sobre o que aconteceu, teve toda a sua vida restaurada e curada por Deus. Essa restauração não se deu por ela ter feito qualquer coisa, mas por causa da infinita graça de Jesus. A questão que fica é: Já experimentaste da graça de Jesus e estás desfrutando de sua paz?