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Sem tempo a perder


O povo diz que tempo é dinheiro e certa vez li em uma estória que um filho perguntou ao pai quanto ele recebia por hora e o pai lhe respondeu. Passado algum tempo, o filho chegou com o valor e disse que estava pagando aquele tempo para que seu pai lhe dedicasse uma hora de seu tempo. Vivemos na correria do dia a dia e não temos tempo a perder com coisas que consideramos fúteis. Nosso desejo é o de construir um futuro, mesmo que para isso abdiquemos do presente. Jesus tinha pressa, mas sempre conseguiu espaço em sua agenda para estar com as pessoas e partilhar de comunhão com elas. Um dos momentos mais significativos do ministério de Jesus é narrado por Lucas que nos conta a seguinte história:


“Jesus entrou em Jericó e atravessava a cidade. Havia ali um homem rico chamado Zaqueu, chefe dos cobradores de impostos. Tentava ver Jesus, mas era baixo demais e não conseguia olhar por cima da multidão. Por isso, correu adiante e subiu numa figueira-brava, no caminho por onde Jesus passaria. Quando Jesus chegou ali, olhou para cima e disse: Zaqueu, desça depressa! Hoje devo hospedar-me em sua casa. Sem demora, Zaqueu desceu e, com alegria, recebeu Jesus em sua casa. Ao ver isso, o povo começou a se queixar: Ele foi se hospedar na casa de um pecador! Enquanto isso, Zaqueu se levantou e disse: Senhor, darei metade das minhas riquezas aos pobres. E, se explorei alguém na cobrança de impostos, devolverei quatro vezes mais! Jesus respondeu: Hoje chegou a salvação a esta casa, pois este homem também é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar os perdidos” (Lc 19.1-10). 

O que aprendemos com essa lição?


A primeira lição é que Jesus mostra que é fundamental estar disposto a quebrar com a sua própria agenda. O texto é magnífico, diz que o Mestre ia atravessar a cidade, mas Zaqueu, chefe dos publicanos, que naqueles dias era o traidor mor, desejava ver Jesus. O Mestre, ao passar pela figueira-brava, parou e disse que ia se hospedar na casa dele. Note, Jesus estava de passagem, mas para e depois diz que Zaqueu devia descer depressa, mas o motivo era porque iria receber o Mestre em sua casa. Duas questões me vêm à mente: primeira, estou disposto a interromper a minha agenda para me juntar com quem é considerado traidor e pária da sociedade? A segunda é: estou disposto a largar tudo para receber aqueles que realmente proclamam o evangelho de Cristo?


A segunda lição é que devemos estar dispostos a conviver com aqueles que são considerados indignos. Note, Jesus não deu a mínima para o burburim dos religiosos e daqueles que segregavam o seu próximo, pois ele foi se hospedar na casa Zaqueu e partilhar da intimidade dele. Jesus amou o marginalizado, tratou-o com dignidade e ensinou que devemos olhar para todas as pessoas como sendo valorosas e tendo em si mesmo valor intrínseco, pois elas valem pelo que são e não pela profissão ou título que carregam.


Por último, Jesus ensina que devemos nos alegrar pela restauração das pessoas. Os religiosos ficaram censurando Jesus por ter parado para comer com Zaqueu, mas Jesus exulta, pois Zaqueu foi restaurado, salvo pela graça de Deus e todo aquele que foi regenerado torna-se uma pessoa generosa, pois a salvação muda o cerne da pessoa. O Mestre disse para aquelas pessoas que elas deveriam estar exultantes e não resistente, pois a graça de Deus restaurou a vida de Zaqueu.


Tempo é dinheiro e ninguém tem tempo a perder, entretanto, Jesus mostra que o melhor que temos a fazer com o nosso tempo é investir na vida das pessoas. Estás disposto a modificar a tua agenda para abrandar e simplesmente estar com aqueles que carecem de salvação?

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