Uma grande revolução
"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Romanos 12.1-2

A igreja precisa caminhar na contramão do secularismo. Ela precisa ser revolucionária. O apóstolo Paulo declara que não podemos nos conformar com este mundo (Rm 12.2), significa dizer que, a cada dia precisamos rever nossas vidas e realizar uma revolução interior.
O pároco Victor Feytor Pinto, concedeu uma entrevista a revista Factos (26/11/97), ele foi questionado se faltava alguma revolução à igreja. A resposta dele foi que, se houvesse alguma revolução, esta seria a evangelizadora. Esta resposta é fantástica, pois há o reconhecimento de que, nascer num país cristão, numa cultura cristã e ser batizado na infância, não torna ninguém cristão. Sendo assim, precisamos dizer que é essencial evangelizar, mas antes deste momento acontecer, torna-se essencial acontecer uma revolução pessoal.
Só conseguiremos uma ação verdadeiramente evangelizadora se houver em nós a revolução do caráter. Só poderemos evangelizar, se passarmos pelo novo nascimento. Nascer de novo significa receber o caráter de Cristo.
Cristão é uma pessoa que tem o caráter de Cristo. Ter o caráter de Cristo nos leva a abandonar à mentira, deixar o pecado e a hipocrisia e assumir o compromisso de seguir a Cristo. A revolução do caráter, contudo, é diária. Não dá para ficar vivendo do passado. A vida cristã é presente e focada no futuro. O apóstolo Paulo afirma: “esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, pelo prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3.13b-14), ou seja, quem vive de passado é museu. O cristão vive no presente, contemplando o futuro. A revolução acontece aqui e agora.
Quem tem o caráter de Cristo também realiza a revolução do amor, pois “Deus é amor” (1 Jo 4.8) e a ordem bíblica é para amarmo-nos uns aos outros (1 Jo 4.7). Mas, quem são os outros? Jesus responde-nos esta pergunta estendendo ao máximo o padrão de quem seja o outro. Ele diz que os outros são os nossos inimigos, os que nos perseguem (Mt 5.43-48). Os outros são aqueles que estão na outra extremidade da linha. Se amarmos como Jesus diz, com toda certeza que conseguiremos evangelizar o mundo.
Não obstante, o ponto crucial da revolução é o da nossa comunhão com o Senhor. Será que somos realmente conhecidos como cristãos? Quanto tempo investimos, em oração? Quanto tempo dedicamos à leitura da Palavra de Deus? Este aspecto é determinante para as nossas vidas, pois quanto mais intimidade tivermos com o Senhor, mais parecidos com Ele seremos.
Somos revolucionários? Examinemo-nos a nós próprios e que possamos responder a uma só voz: “Somos revolucionários pela graça de Deus!”