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Violência



O mundo está virado às avessas. Estamos passando por crises em diversas áreas. O momento é de incertezas. O medo toma conta de todos nós e ele é paralisante, mas precisamos seguir em frente, mesmo que não saibamos como agir.


Repentinamente, eis que surge uma onda de violência. Subitamente os noticiários se dividem entre a mortandade causada pelo Corona vírus e a violência desenfreada à nossa volta. Agressões, xingamentos e vemos um avolumar de situações que nos vão encolerizando, enfurecendo-nos. Contudo, como afirmou Edith Eger: “A raiva, por mais ardente que seja, nunca é a emoção mais importante. É apenas a camada exterior, a superfície exposta de um sentimento mais profundo. E o verdadeiro sentimento que está disfarçado pela máscara da raiva normalmente é o medo. E não se pode sentir amor e medo ao mesmo tempo.” O medo é paralisante e nos impede de viver e de amar o próximo. O pensamento de Edith vai ao encontro do que diz a Escritura: “No amor não há medo, pelo contrário, o perfeito amor elimina o medo pois o medo implica castigo, e quem tem medo não está aperfeiçoado o amor.” (1 Jo 4.18). O maior problema das polarizações é o medo de ver o outro lado triunfando, por isso, recorre-se à violência, quando a resposta deve ser o amor que lança fora o medo.


O mundo está virado às avessas. Estamos vivendo uma pandemia que tem ceifado milhares de vidas e ainda não se vê solução para a mesma e é em meio desta pandemia que vemos a violência disparar em todas as áreas. O desespero e a instabilidade se fazem presentes e ficamos sem saber o que fazer e a verdade é que perdemos a esperança nas instituições e parece que o nosso grito de socorro não é escutado por Deus. Sim, há momentos que achamos que Deus está surdo e que não se importa conosco.


Grite alto, brade a Deus, exponha-lhe as suas frustrações e revolta. Saiba que ele não é porcelana chinesa. Ele aguenta firme. Habacuque disse o seguinte para Deus: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! e não salvarás? Por que razão me mostras a iniqüidade, e me fazes ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo, e a justiça se manifesta distorcida.” (Hc 1.2-4). Da mesma forma que Habacuque, muitas vezes nós pensamos que Deus não ouve, não salva e que está distante e apático. Mas é neste momento, quando gritamos, quando rasgamos o coração e nos expomos, que Deus vem e intervém trazendo-nos a resposta.


Não tenha medo de grita e reclamar da violência, mas aquiete-se, silencie para ouvir a resposta de Deus, pois Ele intervém e após a sua intervenção tudo mudo e quiçá possas cantar como cantou Habacuque: "Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas” (Hc 3.17-19).


Diante da pandemia e de toda violência, grite a Deus. Busque resposta nele, mas depois de ver o livrando do Senhor, siga o exemplo de Habacuque e cante celebrando a vitória.


#quarentena #confinamento #violência

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